Fagner Gonçalves, de 42 anos, foi morto a tiros e um golpe de garrafa na cabeça, por dois colegas de trabalho na Fazenda Piracicaba em Coxim, cidade a 253 quilômetros de Campo Grande, no último domingo (15). Os autores são um homem identificado pelas iniciais M.A.G., de 34 anos, e um adolescente de 17 anos. As primeiras informações eram a de que os três se desentenderam durante uma “brincadeira de lutinha”.
A polícia foi acionada pelo gerente da fazenda que, segundo relatos de funcionários, M.A.G. teria efetuado cinco disparos de arma de fogo contra Fagner, enquanto era incentivado pelo adolescente, que também teria desferido um golpe de garrafa na cabeça da vítima após os disparos.
Conforme a Polícia Civil, os envolvidos consumiram álcool misturado com limão e água antes de irem a um açude, onde iniciou-se uma discussão. Durante uma briga, Fagner teria saído do açude e ido ao alojamento para pegar uma faca, enquanto M.A.G. foi buscar um revólver. Ainda de acordo com a polícia, incentivado pelo adolescente, M.A.G. disparou contra Fagner que caiu ao solo. Neste momento, o jovem deu um golpe com uma garrafa na cabeça.
A Polícia Civil informa que, junto com a perícia, tiveram dificuldades de acesso devido às más condições das estradas e chegaram ao local por volta das 2h de segunda-feira (16). Foi constatado que a vítima já estava em óbito, próximo a uma faca e uma garrafa que foram apreendidas.
Após buscas na fazenda, M.A.G. foi localizado em um dos alojamentos às 02h30. Já o adolescente que fugiu de motocicleta para outra propriedade rural, foi encontrado às 04h30 na Fazenda Bom Jesus. As equipes somente conseguiram chegar ao local utilizando um trator. Com ele foram apreendidos a arma utilizada no crime, com cinco munições deflagradas, e uma faca, ambas escondidas em uma moita de capim.
Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Coxim, onde M.A.G. foi autuado em flagrante pelo homicídio, e o adolescente foi apreendido por sua participação no crime. O corpo de F.G. foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para realização de exames.
Segundo a polícia, as diligências, que envolveram percursos em estradas rurais em péssimas condições, estenderam-se por aproximadamente 500 quilômetros e encerraram por volta das 10h30min do dia 16.
