Pai de réu por matar ex-namorada e colega dela diz que filho tratava Karolina “bem até demais”
Pai de Messias Cordeiro foi detido durante as buscas pelo filho com armas de fogo na residência; ele já foi preso por matar uma mulher
Victória Bissaco –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O pai de Messias Cordeiro, acusado pela morte da ex-namorada, Karolina Silva Pereira, e do colega de trabalho dela, Luan Roberto de Oliveira, disse ao Plenário do Tribunal do Júri que o filho tratava a namorada “bem até demais” durante o relacionamento. Elio Rocha Dias da Silva, o genitor do réu, já foi preso por homicídio de uma mulher e possui passagens por violência doméstica.
Segundo Elio, o filho e Karolina frequentavam algumas vezes a residência dele. Durante as visitas, o casal era ‘normal’. “Não havia briga, era de boa. Para mim ele tratava até bem demais, para falar a verdade. Ele era, como eu vou dizer, ‘aquela coisinha’, né?” Os advogados de defesa questionaram se ‘aquela coisinha’ se referia a carinhoso e o pai confirmou.
O genitor de Messias foi preso no ano passado, durante as buscas pelo filho, com armas de fogo escondidas na residência dele, no bairro Chácara das Mansões. O homem disse que estava com a arma utilizada pelo filho para matar Luan e Karol e também com uma espingarda de pressão.
No dia do crime, a mãe de Messias ligou para o ex-companheiro e relatou que o filho havia acabado de assassinar duas pessoas. Ele, então, foi até o encontro do filho, que estava em um anel viário às margens da rodovia, na região do Jardim Itamaracá, para buscá-lo. “Ele estava meio desorientado. Disse que ia se matar também, mas o ‘trem’ ‘picou’ as balas, mas que ia se matar também”.
A versão de um suposto suicídio após os assassinatos foi afirmada por Messias à polícia e em juízo. O acusado disse durante as investigações que não pretendia matar Luan Roberto, e apenas atirou nele porque a vítima reagiu. Depois de desferir os três tiros em Luan e Karol, tentou disparar mais duas vezes, dessa vez, contra ele mesmo, mas disse que as balas falharam.
Feminicídio e homicídio
O crime aconteceu em abril do ano passado, no Jardim Monumento, em Campo Grande. Messias foi indiciado por feminicídio e homicídio doloso que dificultou a defesa da vítima e porte ilegal de arma de fogo.
Na época do crime, as investigações que apontaram Messias como autor dos disparos confirmaram premeditação do feminicídio. Ele teria planejado o crime quatro dias antes, após ver a ex-namorada trocando beijos com Luan.
A versão de que Luan e Karolina mantinham um relacionamento é desmentida por amigos e familiares das vítimas. Juliana Ferreira Rocha, colega de trabalho das vítimas, disse que Luan levava Karol de volta para casa “por solidariedade”, já que a jovem vivia com medo de Messias.
Notícias mais lidas agora
- Médica conta em julgamento que mãe não olhou para Sophia ao saber da morte e questiona reação
- Psicólogo constatou que mãe de Sophia teria Síndrome de Estocolmo após três sessões com a ré
- Ainda dá tempo: Negociação desconto do Refis termina na próxima sexta-feira
- Operação prende ladrões de shopping que roubaram R$ 600 mil de joalheria de Campo Grande
Últimas Notícias
Judiciário implementa sistema Painel de Autocorreição em MS
O sistema também indica se as metas estão sendo cumpridas
Funtrab disponibiliza 1.062 vagas de emprego em Campo Grande nesta quinta
1.062 vagas de emprego nesta quinta
Senado retira de pauta projeto que legalizaria bingos e cassinos
Depois de parlamentares discursarem de forma contrária ao requerimento de urgência
Vitória e Grêmio empatam em duelo direto na busca por vaga na Sul-Americana
Pela 37ª e penúltima rodada do Brasileirão
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.