As duas irmãs da mulher de 32 anos esfaqueada mais de sete vezes no rosto, peito, nuca pelo marido de 31 anos, na madrugada deste domingo (21), no bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande, contaram ao Jornal Midiamax que o autor ameaçou voltar para terminar o ‘serviço’. A vítima foi socorrida em estado grave para o hospital.

Uma das irmãs disse que o autor estava ingerindo bebidas alcoólicas desde a hora do almoço de sábado (20), mas que quando foram socorrer a irmã, ele estava sóbrio. Segundo as mulheres, quando entraram no quarto viram a vítima ensanguentada. “Não me deixa morrer, não consigo respirar”, foram as palavras ditas antes de ser socorrida.

Para o Jornal Midiamax, a irmã da vítima contou que ouviu os gritos de socorro e que o autor quando questionado o que tinha feito respondeu que a esposa havia caído da cama. “Ele demonstrou frieza, parecia que não tinha feito nada.”, disse a mulher.

Ela contou que o casal estava junto há dois anos, e que o relacionamento era conturbado, já que o cunhado era possessivo e proibia a irmã de sair sozinha ou ficar sentada em frente de casa sem a presença dele. 

Ainda de acordo com ela, o homem proibia que a irmã e os filhos dela comessem alimentos que ele comprava para a casa.”Ele comprava carne e só ele podia comer, minha irmã e sobrinhos tinham de comer ovo.”, disse. 

Em relação a uma possível traição que o homem alegou quando esfaqueou a mulher, as irmãs da vítima negaram que o fato ocorreu. “Sempre falei para ela largar mão dele, que era uma pessoa ruim.’, falou. De acordo com as irmãs, a vítima sempre dizia que ia registrar boletim de ocorrência contra o marido, mas nunca registrava. 

Elas ainda contaram que ele teria passado as mãos nas pernas de uma de suas sobrinhas, de 14 anos. A garota contou sobre os fatos para um conhecido que avisou as irmãs sobre os fatos. “A gente nunca imagina que isso possa acontecer na família.”, contou. 

O enteado da vítima que estava dormindo no momento do crime e acordou com os gritos disse que não acreditava que o pai tinha feito maldade com a tia. Ele chegou a relatar que o pai sempre foi muito agressivo, e que em uma das ocasiões chegou a levantá-lo do chão pelo pescoço.

Quando preso, o autor ainda ameaçou voltar para terminar o ‘serviço’. Ele foi levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso é investigado.

Sete facadas no rosto

A polícia foi acionada depois da meia-noite quando o irmão da vítima  e o enteado ouviram gritos de socorro da mulher que era agredida e esfaqueada pelo marido. Quando os militares chegaram a casa encontraram a mulher ensanguentada em cima da cama.

O autor que estava descontrolado foi algemado e preso. Ele confessou o crime e disse que o ato foi cometido em momento de raiva,  já que segundo o autor teria descoberto uma traição da mulher não pensando nas consequências.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a mulher encaminhada para um hospital. Ela foi esfaqueada várias vezes no rosto e apresentava um corte profundo no braço esquerdo. A vítima foi socorrida em estado grave.

A mulher foi esfaqueada mais de sete vezes no rosto, pescoço, peito esquerdo, como na nuca e braço esquerdo, que estava sob efeitos de medicamento e não conseguia se comunicar.

O enteado da mulher estava em uma casa nos fundos da residência e contou aos policiais que ouviu os gritos de socorro da madrasta. Ele ainda relatou que a mãe dele sempre era agredida pelo pai. A faca usada para cometer o crime foi apreendida e a criança entregue para a mãe.