‘Não foram eles’: Pai e filho negam assassinato de Matheus, que nunca teve corpo achado
Matheus teria sido morto após furto no Caiobá
Thatiana Melo, Victória Bissaco –
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A defesa de pai e filho acusados do assassinato de Matheus Henrique Ponce Fagundes, que desapareceu em 2022, no bairro Caiobá, depois de ser visto pela última vez na boca de fumo do ‘Pequeno Zaroio’ nega que os réus tenham participação no desaparecimento do rapaz. Antônio Sérgio de Souza e Jackson Vieira de Souza vão a júri nesta quarta-feira (23).
“Vamos argumentar a negativa de autoria desde o início do inquérito policial. Eles negam a prática do crime. Nós vamos explicar que eles estavam falando a verdade quando aquele menino amarrado esteve na casa de Antônio. Nós vamos comprovar que eles não mataram ninguém. Através das provas documentais, testemunhais, nós vamos deixar bem claro que ele não matou aquele menino”, disse o advogado da dupla, Amilton Ferreira.
“Nós não vamos discutir qualificadoras, porque eles negam o crime, eles negam. Como que nós vamos discutir as qualificadoras? Então nós só temos uma tese negativa da autoria”, falou a defesa.
Amilton ainda disse que o corpo não encontrado de Matheus não significa que ele esteja morto. “Não é porque ele estava amarrado na casa do meu cliente, ele confessa que esteve, mas só que ele identifica as pessoas que levaram lá. Então, eu penso que se meu cliente for inocentado, absolvido, esse procedimento vai ter que voltar para a delegacia de polícia para novas investigações que eu, advogado, inclusive, levantei”, falou o advogado.
Crime sem corpo
Matheus desapareceu no dia 15 de abril e foi visto por moradores da região na boca de fumo. Segundo consta, muitos moradores já estariam incomodados com a presença do rapaz, que teria passado a furtar casas para trocar os objetos por drogas. Até de uma amiga, com quem estava morando, já teria furtado um botijão de gás. Por isso, ela acabou colocando ele para fora, sendo visto pela última vez pela amiga no dia 11 de abril.
Já no dia 15 de abril, ficou sabendo que o dono de uma oficina no bairro estava atrás de Matheus em uma camionete Ford F1000, de cor vermelha e, depois disso, nunca mais viu o rapaz que, segundo moradores, estaria morto.
O dono da oficina estava a caça de Matheus após ele ser apontado por furtar uma bateria de um de seus caminhões. A polícia passou a fazer ‘campana’ para fazer a prisão do suspeito que teria cometido o assassinato por retaliação ao suposto furto da bateria.
Uma foto no celular de um dos filhos do suspeito foi encontrada pelos policiais. Na foto estava Matheus amarrado pelos pés e mãos no chão. Acredita-se que sofreu tortura antes de ser assassinado e ter seu corpo jogado no córrego que fica atrás do bairro.
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