‘Não ficou comprovado que Matheus está morto’: Defesa alega que réus são inocentes de crime

Matheus teria sido morto após furto no Caiobá

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Foto de Matheus com mãos e pés amarrados foi encontrada no celular dos suspeitos, que negaram o crime. (Reprodução processo)

A defesa dos acusados da morte de Matheus Henrique Ponce Fagundes, que desapareceu em 2022, no bairro Caiobá, depois de ser visto pela última vez na boca de fumo do ‘Pequeno Zaroio’ afirma que pai e filho são inocentes e que não ocorreu crime, segundo o advogado Amilton Ferreira.

Pai e filho foram presos preventivamente pelas equipes da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) em 2023. O julgamento dos réus acontece nesta quarta-feira (23). De acordo com o advogado, não há comprovação de que Matheus estaria morto.  

“Eles foram pronunciados nas qualificadoras, motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. A defesa não vai combater nenhuma delas, haja vista que, se eles não sequestraram a suposta vítima e nem mataram, não temos que questionar o assunto do aumento pelas qualificadoras”, disse Amilton Ferreira. 

Após o desaparecimento de Matheus, que estava morando na casa de uma amiga, o pai do rapaz foi até o bairro para tentar achar o padeiro do filho. Lá, foi informado por várias pessoas que seu filho havia sido assassinado e que a última vez que tinha sido visto seria na boca de fumo, onde tinha ido trocar uma bateria supostamente furtada por ele de um caminhão por drogas. 

Advogado Amilton Ferreira

Crime sem corpo

Matheus desapareceu no dia 15 de abril e foi visto por moradores da região na boca de fumo. Segundo consta, muitos moradores já estariam incomodados com a presença do rapaz, que teria passado a furtar casas para trocar os objetos por drogas. Até de uma amiga, com quem estava morando, já teria furtado um botijão de gás. Por isso, ela acabou colocando ele para fora, sendo visto pela última vez pela amiga no dia 11 de abril. 

Já no dia 15 de abril, ficou sabendo que o dono de uma oficina no bairro estava atrás de Matheus em uma camionete Ford F1000, de cor vermelha e, depois disso, nunca mais viu o rapaz que, segundo moradores, estaria morto.

O dono da oficina estava a caça de Matheus após ele ser apontado por furtar uma bateria de um de seus caminhões. A polícia passou a fazer ‘campana’ para fazer a prisão do suspeito que teria cometido o assassinato por retaliação ao suposto furto da bateria. 

Uma foto no celular de um dos filhos do suspeito foi encontrada pelos policiais. Na foto estava Matheus amarrado pelos pés e mãos no chão. Acredita-se que sofreu tortura antes de ser assassinado e ter seu corpo jogado no córrego que fica atrás do bairro.

Tênis encontrado na trilha

Durante as investigações e tentativas de encontrar Matheus, a polícia acabou localizando, em uma trilha na Rua da Lógica, um tênis de número 39, que o pai do rapaz reconheceu como de seu filho. Agora a polícia tenta encontrar o corpo de Matheus. Os dois presos acusados do crime negaram o homicídio, na delegacia, após as prisões. 

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