MPMS pede aumento de pena para condenados da morte de Playboy da Mansão: ‘gravidade do crime’

Réus foram condenados a mais de 40 anos de prisão

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Jamil Name Filho durante o interrogatório por videoconferência no julgamento de 'Playboy da Mansão' em Campo Grande. (Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu da sentença que condenou Jamil Name Filho, Marcelo Rio, Rafael Antunes e Everaldo Monteiro pelo assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como “Playboy da Mansão”. O crime ocorreu em outubro de 2018, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande. 

Em seu pedido, o MPMS argumentou que as penas foram brandas dada a gravidade do crime cometido pelos réus. Foi alegado que Jamil Name Filho ordenou a execução de Playboy da Mansão por vingança, sendo assim, a premeditação do crime descaracteriza ‘violenta emoção’. 

Jamil Name Filho foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e de maneira a dificultar a defesa da vítima. Conforme o MPMS, Name chefiava uma organização criminosa que cooptava agentes de segurança pública e eliminava rivais.

Já o ex-guarda civil metropolitano Marcelo Rios, que foi acusado de planejar a execução e contratar pistoleiros, também foi condenado a pena de 15 anos de reclusão. De acordo com o MPMS, Marcelo tinha conduta desfavorável já que cooptava outros agentes para crimes.

Everaldo Monteiro de Assis, ex-policial federal, foi condenado a oito anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por fornecer informações sobre Colombo aos executores. Também foi alegado que o ex-policial federal usou o cargo para acobertar a organização criminosa e expôs o próprio filho a armas de fogo.

Rafael Antunes Vieira foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto por ocultação de arma de fogo. O MPMS pede o aumento da pena dele também. 

Playboy da Mansão

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.