Menino escapa de madrugada e pede ajuda para vizinhos após ser agredido e ameaçado pela mãe

Mulher foi presa em flagrante por maus-tratos e criança levada para abrigo

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Foto: Kísie Ainoã, arquivo Midiamax

Um menino, de 7 anos, pediu ajuda para vizinhos após ser agredido e ameaçado de morte pela própria mãe, uma mulher de 26 anos. O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (14), no Bairro Nova Lima, em Campo Grande. A criança apresentava lesões pelo corpo e fugiu de casa para pedir socorro.

Os vizinhos acionaram a Polícia Militar. Quando os militares chegaram, a mãe da criança já estava no local. O menino estava assustado e com lesões aparentes nos braços, nas costas e pernas. Ele teve que ser encaminhado para um CRS (Centro Regional de Saúde) da região.

A mulher foi presa em flagrante por maus-tratos e encaminhada para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada).

Conforme a conselheira tutelar da região norte, Loisa do Nascimento Lopes Veiga, disse que o menino passou por atendimento médico, mas ainda deve passar por exames mais detalhados para saber se existem outras lesões.

“A criança passou por violência física e psicológica. Está em estado de choque e não verbaliza. Depois ele passará por outros exames mais detalhados e exames neurológicos para saber se há lesões que não foram identificadas a princípio”, explica.

Segundo a conselheira tutelar, a criança morava apenas com a mãe e não foi informado se havia histórico de maus-tratos. O menino foi encaminhado para um abrigo e está em tutela de acolhimento.

“A Polícia Militar informou que foram esgotadas todas as alternativas de família extensa, mas sem sucesso. Este caso já foi encaminhado para o Ministério Público Estadual para que as demais providências sejam adotadas. Já foram solicitados medida protetiva e o afastamento da mãe e enquanto isso, o Estado assume a responsabilidade”, ressalta.

O menino ainda passará por exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). O caso também será encaminhado para investigação na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Foto: Kísie Ainoã, arquivo Midiamax