Fabrício Manoel Rodrigues Moraes, de 42, morreu na tarde da última quarta-feira (28) após ser atingido por uma peça de maquinário nas obras da fábrica da Suzano em , distante 95 km de Campo Grande. A vítima era mecânico montador terceirizado e instalava um equipamento no momento do acidente.

Conforme o registro policial, Fabrício foi encontrado no chão com sinais de trauma torácico, já sem pulso e em parada cardiorrespiratória. Ele foi conduzido ao hospital da cidade, onde passou por tentativas de ressuscitação por mais 15 minutos, vindo a óbito às 16h20 de ontem. O caso foi registrado como “morte a esclarecer”.

Em nota, a Suzano afirmou que lamenta profundamente o acidente e que Fabrício, que seria trabalhador terceirizado, “foi prontamente socorrido pela equipe médica da companhia, que o encaminhou para o hospital local”. “A companhia está prestando todo suporte necessário aos familiares do colaborador e já abriu uma investigação interna para apurar as causas do acidente”, conclui a nota.

Também em comunicação oficial, a Fetricom-MS (Federação dos Trabalhadores na Construção Civil de Mato Grosso do Sul) afirmou na tarde desta quinta-feira (29) que “acompanha as investigações sobre a morte de um trabalhador, (…) bem como prestará toda orientação aos familiares do falecido sobre as indenizações e responsabilidades do empregador decorrente deste evento fatal”.

“É uma perda lastimável. As causas estão sendo apuradas e a Fetricom-MS vai se manifestar assim que tiver os detalhes do que realmente aconteceu”, conclui o presidente da Federação, José Abelha, na nota.

Segundo a entidade sindical, atualmente, cerca de 9 mil trabalhadores atuam na construção da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. A maioria é de outros estados, principalmente das regiões norte e nordeste do país. Fabrício, inclusive, seria paraense, conforme as redes sociais.

Incêndio

Em dezembro do ano passado, um incêndio de grande proporções destruiu uma área da fábrica de celulosa da Suzano, atingindo setor inaugurado em outubro de 2023. A empresa detalhou, na época, que as chamas atingiram uma das torres de resfriamento.

Conforme a empresa, ninguém ficou ferido durante o incidente e o fogo foi apagado por volta de 40 minutos pelas equipes de brigadistas da própria empresa e pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de Ribas do Rio Pardo.