O major aposentado Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como ‘Barba’, foi transferido do Presídio Militar para o Centro de Triagem, em Campo Grande. Ele acabou preso em dezembro de 2023, durante deflagração da Operação Sucessione, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que o major estaria mexendo nas câmeras instaladas no presídio, virando-as para as paredes ou para o céu. Com isto, o major acabou sendo transferido. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) confirmou a entrada de ‘Barba’, no Centro de Triagem, no dia 28 de maio. O Gaeco aponta o major como gerente do jogo do bicho em Campo Grande.

Na época da deflagração da Sucessione, 11 pessoas foram alvo da ação, entre elas, o deputado estadual Neno Razuk, que teve mandados de busca e apreensão cumpridos em sua casa. Dois assessores parlamentares de Neno acabaram presos no dia da operação.

No total, foram expedidos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Dessa forma, com cumprimento dos mandados de prisão em Campo Grande e Ponta Porã.

Major apontado como gerente do jogo do bicho

Conforme a denúncia, ‘Barba’ exerce controle sobre os integrantes do grupo criminoso no que diz respeito às articulações da organização criminosa para a tomada do controle do jogo do bicho em Campo Grande. Dessa forma, sempre atendendo aos comandos do líder, o deputado estadual Roberto Razuk Filho, Neno.

Major Gilberto lidava ostensivamente com intermediários, oferecendo treinamento, controlando a ação dos ‘recolhes’ e ‘apontadores’ do jogo do bicho, sem comprometer a imagem do chefe da organização, apontado pelo MPMS como sendo Neno Razuk.

Quando flagrado na casa no Monte Castelo, em outubro de 2023, por policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), o major havia dito que estava na residência jogando com outras pessoas. Na ocasião, acabaram apreendidas 700 máquinas do jogo do bicho.

No entanto, no local foi apreendida uma agenda que estava com o militar aposentado. Nela, constavam nomes e o esquema de funcionamento atual do grupo de São Paulo, que está no controle do jogo do bicho em Campo Grande.

Na agenda ainda foram encontrados os nomes de ‘recolhes’ ligados ao grupo de São Paulo, que estavam na mira do grupo chefiado por Neno Razuk, seja para deixarem o grupo para o qual trabalhavam ou para serem alvos de nova ação.

A casa em que o grupo foi encontrado em outubro havia sido alugada por um casal. Assim, o local serve de base para a organização criminosa em apoio logístico. O aluguel da residência estava acordado em R$ 2.500.

No dia anterior ao flagrante feito pelo Garras, na casa do Monte Líbano, o grupo havia se reunido definindo que ‘iriam para cima’ dos concorrentes. O major teria participado de um dos roubos dos malotes do grupo rival.

Major Gilberto Luiz acabou sendo preso na primeira fase da Operação Sucessione, deflagrada no dia 5 deste mês. Naquele momento, houve a expedição de 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de prisão foram cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã.

De dez, oito mandados de prisão temporária foram cumpridos contra suspeitos de envolvimento com o crime organizado do jogo do bicho. Esquema, inclusive, estaria inserido nos órgãos de segurança pública de Mato Grosso do Sul.

Todos os presos estavam em uma casa onde foram apreendidas 700 máquinas do jogo do bicho. Apreensão ocorreu no último dia 16 de outubro, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

Casa do jogo do bicho

O Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) apreendeu 700 máquinas do jogo do bicho em uma casa no bairro Monte Castelo, em Campo Grande, no dia 16 outubro de 2023.

De acordo com informações obtidas pelo Jornal Midiamax, na residência onde as máquinas acabaram apreendidas havia um major aposentado da Polícia Militar e um sargento, também aposentado da PM.

Além do major e sargento aposentado, também estavam mais outros oito homens que jogavam baralho. Todos acabaram sendo levados à delegacia e liberados posteriormente. Nenhum deles assumiu a responsabilidade pelas máquinas e nem pela residência.