Polícia ainda espera pelo laudo sobre a causa da morte da assistente social Marcelly Marcia Franca Almeida, de 33 anos, que morreu no último dia 23, durante atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, na região norte de . Nesta quarta-feira (31), o marido da vítima prestou depoimento na 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande.

À equipe de reportagem do Jornal Midiamax, o delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Yassaka, garantiu que o laudo do IML (Instituto Legal), que vai atestar a causa da morte, ainda não foi concluído.

O delegado confirmou que o marido de Marcelly prestou depoimento nesta manhã, mas não informou detalhes sobre a oitiva.

Demora em atendimento

A morte de Marcelly ganhou repercussão depois que familiares reclamaram sobre o tempo em que ela esperou por atendimento médico.

Um familiar disse que Marcelly chegou a procurar atendimento por três vezes e que no dia 23 de janeiro chegou à UPA por volta das 13 horas com queixas de vômito, diarreia e dores no peito.

No boletim de ocorrência registrado pelo marido, a informação é de que entre o primeiro pedido de atendimento até o momento em que Marcelly foi atendida se passaram, aproximadamente, duas horas.

O relatório médico, conforme consta no registro policial, afirma que o quadro de Marcelly evoluiu para parada cardiorrespiratória e que foram realizados nove choques, mas ela não resistiu. A morte foi confirmada às 16h45.

Marcelly era assistente social e trabalhava em uma organização não governamental que atende pessoas com paralisia cerebral. Ela era casada e mãe de duas meninas, de 15 e 12 anos.

Sesau afirma que procedimentos aconteceram dentro do tempo protocolar

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax procurou a (Secretaria Municipal de Saúde) para saber detalhes sobre o estado de saúde da paciente, confira nota na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) esclarece que a paciente deu entrada na no início da tarde de hoje, passou por classificação e recebeu a cor amarela, sendo encaminhada diretamente para atendimento médico.

Ela permaneceu em observação, sendo medicada e monitorado os sinais vitais no setor de estabilização da unidade, e que devido ao rápido agravamento do quadro clínico precisou ser encaminhada para a sala de emergência.

Na sala de emergência, devido à piora do estado clínico, a paciente evoluiu com uma parada cardíaca sendo intermediada pela equipe de emergência, porém sem sucesso. A SESAU também informa que todos os procedimentos aconteceram dentro do tempo protocolar conforme a classificação de risco, e que lamenta o falecimento da paciente e aguarda os resultados de exames para a elucidação diagnostica.”