A jovem, de 19 anos, acusada de matar o cunhado Pedro Henrique de Souza Raimundo a facadas, no bairro Taquaral Bosque, em Campo Grande, continuará presa após ter o pedido de revogação da prisão preventiva negado pelo Poder Judiciário.
Pedro foi assassinado aos 18 anos no dia 26 de maio após brigar com a irmã da acusada. A jovem foi presa no dia 28 do mesmo mês, quando se entregou na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.
Em seguida, a defesa pediu pela revogação da prisão preventiva e liberdade da acusada, mas o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) manifestou ser contrário. Na época, a Promotoria de Justiça também apontou que há indícios suficientes que comprovem a materialidade e autoria da jovem.
E no dia 3 de junho, o pedido foi indeferido pela Justiça, pois, segundo o magistrado, continuam presentes os motivos que determinaram a prisão preventiva e, inclusive, a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria.
“A alegação de que agiu em legítima defesa é matéria afeta ao mérito, sendo que sua análise neste momento é prematura. Pelas razões aduzidas acima, também não há que se falar em concessão de medidas cautelares diversas da prisão. Assim, escudado no parecer ministerial e com fulcro nos artigos 312 e 313 do CPP, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva ou sua conversão em medidas cautelares diversas, formulado pela Defesa”, determinou o Juiz de Direito, Aluízio Pereira dos Santos.
Pedido de revogação da prisão preventiva e liberdade
No dia do crime, testemunhas relataram à PM (Polícia Militar) que a vítima morta teria agredido a namorada, irmã da jovem que foi presa.
A autora, para defender a irmã, pegou uma faca e desferiu um golpe contra a barriga do jovem, que morreu no local. Ao Jornal Midiamax, a defesa informou que a jovem e as irmãs eram agredidas com frequência por Pedro Henrique, e no dia do crime as agressões foram ‘tamanhas’ que a mulher não teve outra alternativa a não ser se defender.
O pedido de revogação da prisão feita pela defesa da jovem argumenta, ainda, que “a vítima era do sexo masculino, possuindo porte físico mais robusto que a autora e sua irmã, sendo evidente que o único meio de se defender desta injusta agressão foi a utilização da arma branca”.
Os advogados também apontam que a jovem possui residência fixa, bons antecedentes, trabalho fixo e se apresentou voluntariamente na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.
Casa incendiada
A residência da namorada de Pedro fica localizada a 250 metros da casa onde o rapaz morava. Na madrugada de domingo (26), a briga resultou na morte de Pedro a facadas.
O imóvel incendiado é uma kitnet. A confusão teria começado no local, quando Pedro agrediu supostamente a namorada. Após a agressão, ele correu para a casa de familiares, mas teria sido perseguido e esfaqueado pela cunhada.
Após o assassinato, na manhã de domingo, supostamente parentes da vítima teriam ido até a casa da namorada de Pedro e incendiaram o imóvel. Conforme a polícia, uma das portas foi arrombada. Um televisor, um aparelho celular e R$ 600 também foram levados por populares, segundo a polícia.
Os cômodos da casa ficaram completamente destruídos pelas chamas. A perícia foi acionada para realizar os levantamentos de praxe. Uma equipe da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) também foi acionada, já que a namorada de Pedro teria sido agredida por ele.
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