Justiça nega e mantém condenação de delegado acusado de envolvimento com o tráfico

Delegado foi condenado por peculato

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Delegado foi alvo de operação do Gaeco (Arquivo)

A Justiça negou o recurso do delegado Rodrigo Blonkowski, assim como dos policiais Jonatas Gusmão e Valdenei Peromalle, alvos da Operação Codicia, em 2022. O delegado foi condenado por peculato em agosto de 2023.

Segundo a decisão, “Não há falar em incompetência do Juízo da 2ª Vara Criminal desta Capital para a análise e deferimento das interceptações telefônicas se ao tempo desta encontrava-se em vigor, com posterior alteração pelo Provimento-CSM n. 384/2016, que especializou algumas varas da capital para o conhecimento e processamento de pedidos de natureza cautelar criminal formuladas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado – GAECO.

“Impõe- se a manutenção da condenação dos recorrentes Jonatas Gusmão e Valdenei Peromalle, assim como a condenação do recorrido Rodrigo Blonkowski pela prática de concussão se o conjunto das provas orais e documentais, concernentes a dados oriundos de quebra de sigilo bancário, telemático e interceptações telefônicas, comprovam, de forma inconteste, em detrimento de simples negativa apresentada sem qualquer corroboração, que os autores, na condição agentes policiais (ativa e aposentado) e Delegado da Polícia Civil da comarca de Ponta Porã, exigiram pagamento de vantagem indevida para liberação de veículo de propriedade dos ofendidos, valendo-se de ameaças veladas, bem como da autoridade que inspiravam, suficiente para influir na manifestação volitiva daquelas”, diz a decisão.

Blonkowski foi condenado por peculato – que com base no artigo 312 diz: Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Já sobre o crime de corrupção passiva e associação criminosa, o delegado Rodrigo Blonkowski foi absolvido. Já o delegado Patrick Linares e os policiais civis Adriana Jarcem da Silva, Márcio André Molina Azevedo, Mauro Ranzi, Rogério Insfran Ocampos, foram absolvidos pelo crime de corrupção passiva, e condenados Jonatas Pontes Gusmão e Valdenei Peromalle.

Sobre o crime de peculato, foram absolvidos o delegado Patrick Linares da Costa das duas acusações, Valdenei Peromalle, Rafael Grandine Sales das duas acusações, Elvis Elir Camargo Lima, Mauro Ranzi. E em relação ao crime de associação criminosa, foram absolvidos Adriana Jarcem da Silva, Jonatas Pontes Gusmão, Márcio André Molina Azevedo, Mauro Ranzi, Patrick Linares da Costa, Rogério Insfran Ocampos, Valdenei Peromalle e Rodrigo Blonkowski.

Delegado preso na 2ª fase da Operação Codicia

No dia 5 de julho de 2022, Rodrigo acabou preso na segunda fase da Operação Codicia. Policiais Militares do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do delegado, onde foram encontradas 114 munições de diferentes calibres, sem o devido registro. Assim, ele acabou preso em flagrante. O delegado foi autuado por possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar.  

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