Pular para o conteúdo
Polícia

Irmã de criança em coma após agressões é ouvida novamente e ficará sob cuidados da avó

Menino de dois anos está em coma no hospital, mãe e padrasto estão presos acusados de tentativa de homicídio
Aline Machado, Karine Alencar -
(Foto: Ana Laura Menegat, Midiamax)

A menina, de 4 anos, irmã mais velha do menino, de 2 anos, que está em coma na Santa Casa após supostas agressões, permanecerá na casa da avó materna. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira (2), após a criança e a tia dela, de 14 anos, passarem por novo depoimento especial na (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

O menino continua internado na Santa Casa de Campo Grande em coma e respirando com ajuda de aparelhos. O hospital informou que o protocolo de morte encefálica aberto foi interrompido porque a criança apresentou atividades cerebrais durante o eletroencefalograma. A mãe e o padrasto do menino estão presos na investigação que apura tentativa de homicídio.

Responsável por acompanhar a situação, a conselheira tutelar Raquel Lázaro afirma que, em depoimento especial, tanto a menina, quanto a tia dela, não apresentaram nenhum indício de maus-tratos na residência da avó materna.

“Elas foram ouvidas, conversaram bastante com a psicóloga e não tem nada que indique algum crime, então, até que a justiça defina a questão da mãe e da guarda, ela ficará com a avó materna”, explica.

A menina está com a avó, desde o dia 23 de janeiro, quando o irmão foi internado na de . Na residência da avó materna, as condições financeiras são precárias, no entanto, a conselheira tutelar garante que foram solicitadas as medidas para que família receba a assistência necessária para garantir os direitos básicos não apenas da criança, mas de todos na casa.

“O Conselho Tutelar fez tudo o que competia a ele para garantir que tenham seus direitos preservados. Requisitamos que a família receba cesta básica para a segurança alimentar e toda a assistência necessária para que os direitos básicos sejam garantidos”, destaca.

Além de cesta básica para a família, o Conselho Tutelar diz que também solicitou doações conforme a necessidade da família – que mora em uma casa pequena com apenas dois cômodos, um banheiro e poucos móveis.

“Solicitamos que a assistência social verifique as necessidades da família parta atender com doações e inserção em programas sociais”, afirma. À reportagem do Jornal Midiamax, a avó da menina, afirmou que a família ainda não recebeu nenhum tipo de assistência social.

Relembre o caso

O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.

Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem, de 19 anos, apresentou outra versão. Aos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos médicos, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.

A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA, afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.

Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.

O casal – que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso – foi preso na manhã dessa quinta-feira (1º), em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.

Protocolo de morte encefálica

A criança continua internada na Santa Casa de Campo Grande em coma e respirando com ajuda de aparelhos.

O hospital informou que o protocolo de morte encefálica aberto foi interrompido porque a criança apresentou atividades cerebrais durante o eletroencefalograma.

A avó, por sua vez, diz que os médicos afirmam que a criança está desenganada e que “só estão esperando o coração parar de bater”. Ela conta, ainda, que enterrou o brinquedo preferido do neto, um martelo, para não ter que olhar para o objeto e relembrar da dor de ver o neto nessa situação.

Avó desabafa

Abalada e revoltada, Maria Aparecida, a avó materna do menino, conversou com a reportagem sobre a prisão da filha e do companheiro dela.

“Não esperava uma filha minha fazer isso com meu próprio sangue”, disse. Ela ainda contou que a filha estava morando com ela até pouco antes do Natal de 2023, quando saiu de casa para morar com o atual companheiro. 

“Espero justiça para os dois, para ela e para ele. Tem que pagar, que eu não me conformo. Ela não é mãe, mas eu sou mãe, e mãe de 6 filhos. Eu não me conformo”. Ainda segundo Maria Aparecida, ela já havia pedido à filha para que os netos morassem com ela, mas a jovem dizia que “não daria os filhos para ninguém”.

Foto: Ana Laura Menegat, Midiamax

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Acidente na BR-153 deixa cinco mortos

Após repercussão, familiares de paciente internado em estado grave procuram Santa Casa

carne frigorifico

Após MS suspender exportação de carne para os EUA, sindicato fala em normalização do mercado em poucos dias

Quem é o prefeito suspeito de matar policial a tiros no Maranhão?

Notícias mais lidas agora

MS procura novos mercados para romper impacto da exportação de carne aos EUA, avalia Acrissul

campo grande cidade de cobras

Cidade de ‘cobras’, como Campo Grande lida com tanto veneno humano?

Waldir Neves faz acordo e vai pagar R$ 1,9 milhão para não ser despejado de mansão

“Grupo está mais preocupado em defender seus interesses políticos”, diz Vander sobre suspensão de envio de carnes de MS aos EUA

Últimas Notícias

Transparência

TCE-MS determina que ex-prefeito devolva R$ 100 mil por contratar serviços sem licitação

Caso ocorreu em Bandeirantes, onde a população teve de votar de novo neste ano porque a eleição do ano passada foi suspensa por determinação da Justiça Eleitoral. O vencedor foi tido como inelegível pelo TSE

Transparência

Prefeitura de Bonito justifica processo seletivo sem cota por falta de lei municipal

Um inquérito civil foi instaurado para investigar a situação de um processo seletivo realizado em janeiro deste ano

Brasil

MG: menina de 12 anos descobre gravidez de quase um mês após ir ao UPA

Relação sexual com menores de 14 anos é crime, mesmo que tenha consentimento da vítima

Emprego e Concurso

Procurando emprego? Suzano abre quatro vagas para atender operações em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas

As inscrições devem ser feitas no site da empresa