O rapaz, de 22 anos preso por integrar quadrilha especializada no furto e receptação de motocicletas em Campo Grande, confessou que recebia R$ 400 por entrega de cada moto furtada aos compradores. Foi arbitrada fiança de R$ 5,6 mil para cada, como nenhum deles pagou, o grupo passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (19) e ficará a cargo da Justiça decidir se responderão em liberdade.

Em depoimento na delegacia, ele disse que fazia a entrega de motos furtadas a mando do comparsa, identificado como ‘Batata’. Confessou ainda que recebia cerca de R$ 400 por cada moto levada às pessoas que compravam os veículos vendidos como ‘bob’, ou seja, com restrição de documentos. 

A esposa dele também foi presa porque a investigação identificou que as pessoas que compravam as motos furtadas faziam o Pix da compra no nome dela. O rapaz disse que a mulher não sabia, porém, na delegacia, ela não quis se defender e preferiu ficar em silêncio.

O preso ainda explicou que no momento da prisão estava com ‘Batata’ na garupa de uma das motos que estava sendo levada para um cliente. Na ocasião, os policiais também encontraram o comparsa que era quem havia furtado tal motocicleta dias anteriores. Os três foram para a delegacia.

Esse rapaz, acusado de ter feito o furto da motocicleta, também não quis comentar sobre o crime na delegacia.

Na ação, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar recuperaram uma motocicleta Yamaha YS 150 Fazer Sed, preta, com sinais de adulteração no chassi e motor, Honda CG 125, de cor preta, também com sinais de adulteração no chassi e motor. Uma Yamaha YBR150 Factor, branca, e duas Yamaha YBR150 Factor, ambas de cor preta, também adulteradas no chassi e motor, além de três aparelhos celulares apreendidos.

As motocicletas, por exemplo, avaliadas em R$ 15 mil, eram vendidas pela quadrilha a R$ 3 mil.

Prisão

Os autores estavam na Rua João Francisco Damasceno, no bairro Maria Aparecida Pedrossian. Uma motocicleta que era usada para cometer os crimes também foi apreendida. Equipes do Batalhão de Choque receberam uma denúncia sobre a venda de uma motocicleta que teria sido furtada.

A ação para identificar a quadrilha durou dois dias, desde a denúncia. A princípio, com início no bairro Maria Aparecida Pedrossian e depois se alastrou pela cidade. A informação é que a quadrilha agia apenas na Capital.

Em investigação, a polícia chegou até os dois integrantes da quadrilha quando seguiam para entregar um veículo furtado. Eles então confessaram o crime e relataram como o cometiam. Afirmaram ainda que a função deles era apenas divulgar nas redes sociais e vender.

Eles ainda afirmaram que há um chefe, que é quem faz a remarcação do chassi e motor dos veículos, para que sejam vendidos como ‘bob’.

Posteriormente, a polícia conseguiu chegar até duas pessoas que compraram as motos. Eles foram presos por receptação.

Depois identificaram a mulher, responsável por receber o pagamento via Pix das motos vendidas. Ela foi presa por associação criminosa.