O homem, de 39 anos, que expulsou a namorada, de 26, seminua após um ‘surto’ em um condomínio de luxo, em Campo Grande, na noite desse domingo (3) responde a pelo menos dez processos criminais. 

Conforme apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, os processos envolvem crimes de trânsito, desacato, violência doméstica e familiar e injúria. Ele também responde a um processo em uma cidade no interior do Estado.

Além disso, há pouco mais de duas semanas, o homem perdeu controle da direção e colidiu uma BMW contra um poste na Rua Coronel Cacilda Arantes com a Rua Dr. Eduardo Machado Metelo, no bairro Chácara Cachoeira.

A BMW colidiu a lateral esquerda dianteira contra a base do poste que ficou destruído. A roda dianteira esquerda quebrou com a colisão. Uma testemunha relatou que ele teria feito uma ultrapassagem e estaria em alta velocidade. 

Episódios de surto  

O homem já teve dois surtos, segundo boletins de ocorrência registrados. O primeiro ocorreu na noite desse domingo (3), quando a namorada dele foi expulsa da residência.

A vítima estava na casa do namorado, quando o mesmo teria tido um ‘surto’ e começou a acusá-la de supostas traições, a expulsando da residência, momento em que a mulher estava somente de camiseta e calcinha.

Após os fatos, a mulher pediu ajuda para uma vizinha. À PM (Polícia Militar), a vítima também disse que o suspeito teria duas armas de fogo guardadas em um cofre no guarda-roupa.

Em um primeiro momento, o homem disse que tinha arma de fogo, porém havia jogado em um matagal. Em seguida, o advogado dele chegou à casa e pediu a senha do cofre, onde foram encontradas duas pistolas Glock, calibre 9 mm, sendo uma com numeração suprimida. 

O homem alegou aos policiais que é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), que uma das armas seria registrada e a outra não. Na residência, a polícia ainda apreendeu 140 munições em dois estojos calibre 9mm, cinco carregadores e uma maleta de armamento.

O segundo surto envolvendo o mesmo suspeito ocorreu em março de 2022, em um residencial nos Altos da Afonso Pena. Na época, ele tinha 37 anos, e estaria efetuando disparos de arma de fogo para o alto. 

O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e ao chegar no local, um Coronel da PM já havia contido o homem. A equipe tentou questioná-lo sobre os fatos, mas ele estaria transtornado e apresentando sangramento no tornozelo e mão direita. 

O porteiro do residencial relatou a equipe que o homem teria entrado na portaria com um pedaço de madeira e fechado as portas. O porteiro ficou impedido de sair do local e realizar seu trabalho, como atender telefone e abrir o portão. 

Após um descuido do suspeito, o porteiro pulou uma das janelas e afastou-se rapidamente da portaria. Os policiais questionaram ele sobre a arma e o porteiro teria respondido que não viu. Contudo, moradores relataram que o suspeito teria efetuado disparos. 

Durante buscas na residência do homem, nenhuma arma de fogo foi encontrada, mas sim, vidros, vasos e móveis quebrados. As paredes da casa apresentavam marcas de sangue e, em um dos quartos, foi encontrado vários pinos vazios, normalmente usados para acondicionar entorpecente, o que indicava que o suspeito teria consumido drogas.

Devido ao grau de transtorno naquele dia, o homem foi encaminhado pelo Corpo de Bombeiros para atendimento médico em um hospital particular.