De caminhões off road de alto padrão, a homens armados com fuzis e militares do exército, o ministro da Defesa Nacional do Paraguai, Óscar González, confirmou que nos últimos dias grande número de agentes de inteligência foram instalados onde o narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, 41 anos, mais conhecido como ‘Macho’, poderia estar.

O objeto é unicamente a captura de ‘Macho’. “Outras instituições de segurança dedicam-se a combater atividades que geram lucros multimilionários para criminosos. Não podemos permitir que as nossas tropas entrem em contato e sejam contaminadas com esse ambiente”, explicou o Ministro da Defesa.

Segundo o portal paraguaio, ABC Color, ‘Macho’ está se instalando alguns meses nas terras das comunidades nativas. Na região, opera vários aeródromos improvisados, onde descem pequenos aviões carregados com cocaína produzida no Peru.

Essa droga, assim como a maconha produzida em terras nativas, é traficada para os mercados consumidores brasileiros, gerando lucros para o criminoso. Ele utiliza parte desses lucros para comprar colaboração de silêncio de algumas autoridades políticas e policiais, conforme apurado pelo site local.

Na semana passada, pistoleiros a serviço de ‘Macho’ atiraram contra um helicóptero das Forças Armadas que entrou na região para resgatar um grupo de militares que se infiltraram na área para trabalhos de inteligência, mas que foram descobertos e estavam sendo assediados por indígenas fiéis ao tráfico. 

No tiroteio, o tenente-coronel Luiz María Sapriza, comandante do SAP5, levou um tiro no braço e o tenente Fernando Dário Viveros foi atingido no braço e na perna. Os militares responderam com rajadas de metralhadoras que atingiram quatro caminhonetes em que os criminosos fugiram. 

Os veículos, três Hilux e um Fortuner, foram encontrados no dia seguinte. Dois deles com marcas de tiros e manchas de sangue.