Um familiar da corretora de imóveis Amalha Cristina Mariano Garcia, morta ao sair para cobrar uma dívida de R$ 20 mil do ex-paquera, reclama da falta de monitoramento por câmeras em Campo Grande. O corpo da corretora foi encontrado na terça-feira (21) e o Jeep Renegade dela – que estava desaparecido – somente nesta quinta (23) na região do Indubrasil.

À reportagem do Jornal Midiamax, o familiar, que está no local onde o veículo de Amalha foi encontrado, disse que é inadmissível a cidade ter apenas 30 câmeras de monitoramento. 

“A cidade precisa urgente ampliar a cobertura de monitoramento de câmeras. Eu tenho 9 câmeras em casa e a cidade toda tem 30 apenas, é inadmissível, um absurdo isso”, reclamou o familiar que preferiu não se identificar.

Ainda indignado, ele opinou que as câmeras deveriam ser espalhadas em todas as ruas movimentadas da Capital. “A cobertura de segurança dessas câmeras ser tão pequena é um absurdo, deveria estar em todas as ruas movimentadas”.

A Polícia Civil não descarta a possibilidade de que o assassinato seja um crime de latrocínio, já que o carro da vítima estava desaparecido. Contudo, todas as linhas estão sendo investigadas. 

No local onde o Jeep foi encontrado nesta quinta (23), estão equipes da PM (Polícia Militar), do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate), Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e Perícia Científica. Informações extraoficiais são de que duas pessoas foram presas durante a ação.

(Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Conforme a delegada Analu Lacerda, da Deam, o ex-paquera de Amalha foi ouvido na quarta-feira (22), na 1ª Delegacia de Ponta Porã como testemunha, por ter tido um relacionamento com ela, assim como os outros ex-namorados da corretora que também foram ouvidos.

Dívida de R$ 20 mil

Amalha teria combinado de encontrar o ex-paquera que estava devendo R$ 20 mil para ela e que havia dito que a pagaria. Assim, as colegas ainda teriam alertado a corretora do perigo, mas ela teria dito que não havia riscos, já que o homem sabia que ela tinha familiares policiais.

Após não dar notícias, as colegas de Amalha tentaram ligar para a corretora, mandar mensagens, mas o celular estava desligado. Ela saiu da corretora onde trabalhava conduzindo o Jeep Renegade para encontrar o ex-paquera por volta das 12h29, e desapareceu. 

Arrastada por 10 metros para meio de matagal

O corpo da corretora estava com as calças abaixadas porque foi arrastada por cerca de 10 metros para o meio do matagal. 

De acordo com informações, não havia sinais de abuso sexual. A perícia identificou que uma arma branca, como um pau, teria sido usada no crime. Mas, a possível arma não foi localizada aos arredores.

Seguranças de uma empresa privada durante um treinamento no início da tarde dessa terça (21) encontraram a vítima na região do Terminal Intermodal de Cargas – Porto Seco, na Capital. Primeiramente eles viram um par de tamancos. Ao se aproximarem, os seguranças viram o corpo com sinais de violência, principalmente no rosto, e acionaram a guarda.

No local, foram recolhidos brincos, correntes e pulseiras da mulher.

Local onde corretora foi encontrada morta na terça-feira. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)