Execução em tabacaria no Caiçara teve perseguição de policial de folga e tiros contra suspeito de assassinato

João foi executado com pelo menos 18 tiros

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Crime ocorreu na calçada de uma residência. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

João Matheus Pinheiro Duarte Gomes, de 20 anos, foi identificado como o jovem executado com pelo menos 18 tiros perto de uma tabacaria no bairro Caiçara, em Campo Grande, na madrugada deste domingo (17). O outro morto, Luiz Vitor Santos Amorim, de 26 anos, foi encontrado na região com ferimentos de tiros e levado para o Hospital Regional, onde morreu.

Informações são de que o policial estava de folga na tabacaria quando ouviu tiros vindos de fora. Ele saiu para ver o que estava acontecendo quando viu dois suspeitos correndo virando a esquina e foi atrás junto de um amigo em sua motocicleta.

Quando se aproximou, os suspeitos passaram a atirar contra o policial que revidou e teria acertado um dos suspeitos. O militar acabou derrapando com a motocicleta ao tentar desviar dos tiros dos suspeitos caindo no chão. Quando conseguiu levantar, os dois homens haviam fugido.

Luiz chegou a dar entrada no Hospital Regional após ser atingido pelos disparos, mas morreu. Luiz estava com mandado de prisão em aberto desde outubro de 2023. Ele tem várias passagens por tráfico de drogas.

A execução de João aconteceu quando ele saiu da tabacaria para urinar na rua sendo surpreendido pelos atiradores. João foi assassinado com  pelo menos 18 disparos, sendo a maioria na cabeça. Informações não confirmadas pela polícia são de que ele possa ter sido morto por engano. 

‘É um caos’

Um casal que mora no bairro há 6 anos disse ao Jornal Midiamax que, “É um caos há muito tempo essa tabacaria, já fizemos um monte de coisa para tentar retirar. Para nós não incomoda tanto, é mais quem mora na esquina. Mas ontem cheguei 23h30 da noite e estava um caos isso aqui. Já pensamos em mudar por causa disso”.

Outra moradora de 43 anos, disse que no local sempre tem baderna, “”É sempre uma baderna, direto dão tiro nos vidros, aí na segunda amanhece com tudo arrumado. Cortei as árvores porque urinavam aqui. Não dá certo essa tabacaria aqui. Eles ficam rodando com a moto aqui, fazendo manobras. Já fizemos reclamação no bombeiro e polícia. Aqui era calmo, muito calmo, essa tabacaria que estragou. Sexta e sábado são os piores dias, as ruas ficam cheias”.

“Muito barulho dessa tabacaria, ninguém dorme… é difícil. Os vizinhos retiraram as árvores porque o pessoal fazia de tudo nessas árvores.  Pedi para meu marido tirar essa aqui da frente, mas não podemos tirar, porque é nossa sombra, né?!”, disse a moradora da casa onde o jovem acabou sendo executado na frente.

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