Execução de Eliston por pistoleiros do PCC foi arquitetada e planejada no Paraguai após perda de cocaína 

Eliston seria sequestrado junto da esposa e torturado, mas acabou morto na porta de casa

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Divulgação)

A execução de Eliston Aparecido Pereira, de 51 anos, foi planejada e arquitetada no Paraguai após ele perder uma carga de 200 quilos de cocaína, que foi apreendida em uma carretinha pela Polícia Civil. As informações foram repassadas pelo delegado Erasmo Cubas, na manhã desta segunda-feira (19), em coletiva na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o delegado, pelo menos cinco pessoas estão envolvidas no crime, sendo dois presos em São Paulo neste fim de semana, depois de fugirem de ônibus. Um terceiro, que fugiu de carro para o Paraguai, e mais dois foram identificados. Os mandados de prisão já foram expedidos. 

Ainda de acordo com Erasmo, a mulher de Eliston também seria alvo, já que o casal seria sequestrado e torturado pelos pistoleiros, mas acabou que Eliston foi assassinado no portão de casa com 13 tiros depois de levar a cachorrinha para passear. 

A execução de Eliston está ligada à carga de cocaína apreendida pela polícia em Dourados. Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que um dos pistoleiros do PCC preso em São Paulo teria ligação com Jorge Adalid Granier Ruiz, o ‘Fantasma do PCC’, e também com Waldemar Pereira Rivas, o ‘Cachorrão do PCC’.

Execução de Eliston pelo PCC

A execução de Eliston aconteceu, segundo investigação da Polícia Civil, depois da perda de uma carga de cocaína para São Paulo, em 2023. De acordo com a investigação, Eliston era responsável por organizar a saída da droga de Dourados para outros estados, sendo que em uma das operações organizadas a polícia acabou apreendendo 200 quilos de cocaína em uma carretinha.

Já em outro carregamento que seria levado para São Paulo, ao chegar ao local, a facção descobriu que a cocaína havia sido trocada por massa corrida e isopor. Eliston chegou a ficar dois dias em cárcere em Ponta Porã sob poder dos donos da droga em reunião. Logo depois, ele foi solto e disse para a esposa que estaria ‘queimado’ com a facção e que não arrumaria mais trabalho.

Ainda segundo a investigação, os responsáveis pelo envio da falsa cocaína para São Paulo foram assassinados em Campo Grande, pelos chefes da facção em meados de julho de 2023. A vítima na época teria sido questionada se estaria ‘jogando’ com a polícia depois da apreensão da cocaína em Dourados. 

Eliston já havia sido ameaçado de morte antes de sua execução, nesta sexta (16), já que havia sido dito a ele que ‘teriam que resolver a situação’ após a cocaína ser apreendida em Dourados. Logo após a execução de Eliston, três autores que estavam hospedados em um hotel na cidade fugiram.

Um deles, que estava ferido, fugiu de carro para o Paraguai e os dois pistoleiros do PCC fugiram de ônibus, mas acabaram presos em São Paulo. 

Conteúdos relacionados