O ex-delegado da Polícia Civil, Fernando Araújo da Cruz, condenado a 20 anos por matar o boliviano Alfredo Rangel em fevereiro de 2019, já está no semiaberto. A vítima foi esfaqueada durante discussão em uma festa e depois assassinada a tiros enquanto era socorrida em ambulância que seguia para Corumbá.

A informação da progressão de regime foi confirmada pela mãe e advogada de Fernando, Cândida Amália, que se limitou a dizer que o ex-delegado está no semiaberto. Assim, a advogada não especificou quando ocorreu a mudança do regime fechado para o semiaberto. “Fico feliz. Justiça sendo feita, ele foi perseguido e exposto pela mídia”, relatou.

Em outubro de 2023, o ex-delegado foi demitido da Polícia Civil, com publicação no Diário Oficial. A condenação de Fernando saiu no mesmo ano.

Morte na ambulância

O boliviano Alfredo teria sido esfaqueado durante discussão com Fernando em uma festa e depois socorrido, sendo levado de ambulância para Corumbá. Então, conforme cita a denúncia, o delegado teria interceptado a ambulância, atirando em Alfredo antes de chegar ao hospital.

Contudo, Fernando, achando que não havia testemunhas do crime, foi pego de surpresa quando soube pelo investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, que a irmã da vítima estava na ambulância e viu o assassinato.

Em meio a toda a trama do homicídio, testemunhas foram coagidas, segundo apontava a investigação policial na época, sendo uma delas o motorista da ambulância, que teve como advogada a mulher de Fernando, Silvia.

No entanto, o que o casal não esperava era que policiais bolivianos e até um promotor usassem de chantagem para extorquir os dois. Nesse contexto, houve o pedido de R$ 100 mil para que não implicassem o delegado ao assassinato.

*Matéria editada às 16h em 15/05/2024 para correção de informação