“Era eu ou ele”: Réu nega que furto de roçadeira tenha motivado assassinato no Cerejeiras

Crime aconteceu em maio deste ano

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

André Henrique Pereira, 31 anos, está sendo julgado nesta terça-feira (5) no Tribunal do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil que vitimou Ronaldo Souza dos Santos Junior, de 35 anos. 

O crime aconteceu em maio deste ano no bairro Jardim das Cerejeiras, em Campo Grande. Segundo a denúncia, o crime teria ocorrido por conta de um suposto furto de uma roçadeira do autor. 

Em interrogatório, ele negou que esse tenha sido o motivo, justificou como somatória da bebida, tapa no rosto e briga. Disse ainda estar arrependido. 

A denúncia do Ministério Público afirma que André passou o dia 4 de maio bebendo o dia todo e quando voltou para casa percebeu o furto da roçadeira. Ele, então, foi até o bar que fica na Rua Osmira Machado armado com uma faca.

Em seguida questionou Ronaldo sobre o furto. Os dois teriam começado a discutir e a vítima teria batido no rosto do autor, que então desferiu quatro facadas em Ronaldo, que morreu.

Na delegacia, a dona do bar disse que o autor tentou enforcar a vítima com mata-leão.

Negou motivação

Para juiz e jurados, André confirmou que passou o dia bebendo e depois em casa percebeu o furto. Ele explicou que saiu perguntando para vários moradores se alguém teria visto quem furtou o maquinário.

Na rua de trás do bar encontrou Ronaldo e o questionou sobre o furto. “Ele disse: ‘Você é um bosta, merece ser furtado’, e me deu um tapa na cara”, contou no plenário.

Ainda conforme o autor, ele perguntou para Ronaldo o porquê teria lhe agredido, mas a vítima novamente o agrediu. Ele contou que saiu, e continuou perguntando para a população.

Mais tarde, ele disse que desceu até o bar no intuito de continuar perguntando para as pessoas sobre o furto, mas encontrou Ronaldo.

Para a polícia que atendeu o caso ele teria afirmado que saiu de faca com a faca em mãos. Já no interrogatório mudou a versão.

No julgamento disse que Ronaldo estava armado com uma faca e que conseguiu desarmar e acertar a vítima. “Ou era eu ou era ele”, disse. Ele lembrou ainda que levou quatro pontos na cabeça.

Conteúdos relacionados