Os envolvidos na morte dos adolescentes de 13 anos, Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, por engano, no dia 3 deste mês, no bairro Jardim das Hortênsias, foram transferidos de penitenciária, nesta terça-feira (21). Os presos começam a ser ouvidos em julho deste ano.

Foram transferidos para a Gameleira II: Georges Edilton Dantas, João Vitor de Souza, Klevertom Bibiano Apolinário, conhecido como ‘Tio Patinhas’, Nicollas Inácio e Rafael Mendes de Souza. Os envolvidos começam a ser ouvidos no dia 31 de julho depois da denúncia ser aceita pelo MPMS (Ministério Público Estadual).

Os adolescentes foram assassinados em público por engano. De acordo com o apurado pelo Jornal Midiamax, um detento do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande estaria implicado no ‘fornecimento’ da pistola usada para matar Aysla e Silas no Jardim das Hortênsias, no último dia 3.

Arma de dentro da Máxima

De acordo com as investigações, Kleverton Bibiano Apolinário da Silva estaria por trás do acesso a pelo menos uma das armas usadas no crime. Além disso, de dentro da unidade da Agepen, o preso estaria ‘monitorando em tempo real’ os passos de policiais que atuam na elucidação do duplo assassinato.

No submundo do narcotráfico em Campo Grande, Kleverton é apontado como suposto chefe da venda de drogas na região das Moreninhas. No entanto, de dentro da cadeia, sob custódia e proteção oficial da Agepen, o detento estaria expandido as atividades para outros bairros campo-grandenses.

Assim, estaria com bocas de fumo no bairro Aero Rancho e supostamente organizaria os comparsas para disputa pelo controle do território no Jardim das Hortênsias, onde uma execução por dívida de droga acabou na morte dos dois adolescentes que não tinham nada a ver com a guerra do tráfico.

16 disparos e adolescentes mortos por engano

Nicolas acabou apreendido em uma casa de massagem na Vila Jacy. Em sua mochila, a polícia encontrou um revólver Cal. 357. O suspeito confirmou que estava armado durante o ataque, mas relatou que apenas pilotou a motocicleta enquanto seu comparsa, portando uma pistola 9mm, efetuava os disparos contra as vítimas com o veículo em movimento.

Segundo o depoimento, após o crime, os dois se reuniram na casa de ‘Jacaré’, onde Nicolas observou seu comparsa descarregando o carregador da pistola, ou seja, aproximadamente 16 disparos.

Os suspeitos ainda ocultaram a motocicleta no quintal de um dos membros do grupo e depois acionaram um motorista de aplicativo. A polícia encontrou a motocicleta utilizada pela dupla em uma casa no bairro Aero Rancho.