‘Enquanto eu tiver vida, vou gritar por justiça’: família de assassinado em frente à tabacaria faz passeata

Bruno Justino estava com amigos em tabacaria e três foram presos pelo homicídio

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Bruno foi assassinado após sair de tabacaria – (Fotos: Nathalia Alcântara; Arquivo Pessoal)

A família de Bruno Justino Campidelli, 24 anos, assassinado na saída de uma tabacaria na Avenida Manoel da Costa Lima, em Campo Grande em maio, realiza passeata em frente ao local. O ato ocorrerá neste sábado (12), às 13h30. A mãe da vítima declara que o assassinato acabou com a vida dela também.

A cuidadora Márcia Maria Justino da Silva relata que está sem trabalhar e vive a base de calmante após a morte de Bruno. “Minha vida é só chorar e tomar calmante. Enquanto eu tiver vida ainda, vou gritar por justiça, porque foi muito cruel o que fizeram com meu filho”, declarou ao Jornal Midiamax.

Márcia explica que os assassinos passarão por audiência no próximo dia 16, onde prestarão depoimento à Justiça. A mãe também conta que a briga entre um dos autores começou com um colega de Bruno. No final da tabacaria, a vítima e os suspeitos teriam ‘batido boca’.

Eles então tentaram ir embora. Bruno pilotava uma motocicleta e o amigo que estava encarando o autor, estava na garupa. Em certo momento, uma Saveiro fechou os jovens e efetuou o tiro. “Mataram meu filho covardemente. Uma pessoa que sai de casa armada, já sai com a intenção de matar”.

Entenda o caso

Bruno foi baleado mais para baixo na rua e subiu a Avenida Manoel da Costa Lima na contramão, já ferido, caindo na Rua Jatobá. Ele foi assassinado com dois tiros.

Três homens, sendo dois de 21 e outro de 27 anos, foram presos pelo assassinato. Dois deles são irmãos. Eles foram presos pela Força Tática 10º CIPM e pelo 10º Batalhão da PM (Polícia Militar) horas após o homicídio. A arma, um revólver calibre .38, e o veículo usado no crime também foram apreendidos.

Inicialmente, a informação era de que o crime foi cometido por uma discussão por mulher na Tabacaria. Contudo, aos militares, um dos homens disse que estava na tabacaria e ligou para o irmão contando que estava sendo ameaçado por algumas pessoas possivelmente armadas dentro do estabelecimento. Então, o irmão encontrou um ‘amigo’ e pediu carona para ir até a tabacaria.

Eles relataram que quando os dois chegaram ao estabelecimento – ocupando um Saveiro – foram cercados por três motocicletas. Ao tentarem sair, foram encurralados, momento em que o motorista da Saveiro sacou a arma e efetuou disparos sem saber se os atingiram. 

O homem, de 27 anos – que usava tornozeleira eletrônica por crimes de receptação e furto –, foi abordado na Avenida Prefeito Lúdio Martins Coelho e confessou que tinha conhecimento dos fatos. 

Segundo o Tenente Manoel de Melo, do 10º Batalhão da PM, o homem contou o que teria ocorrido e apontou onde estaria o irmão. Após a localização dele, os policiais foram em busca do suspeito dos disparos, encontrado em casa no Dom Antônio Barbosa, com a arma usada no crime escondida no telhado e a Saveiro na residência.

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