O ex-namorado de uma professora mestra em capoeira acusado de violência doméstica contra a mulher alega que agiu em legítima defesa, pois também teria sido agredido no último sábado (16), no bairro Serradinho, em Campo Grande

A mulher relatou aos policiais que foi até a casa do ex-namorado para conversar sobre uma dívida que ele teria com a professora. Os dois se desentenderam e, segundo ela, a teria ferido com uma faca.

No entanto, o homem procurou a reportagem do Jornal Midiamax para contar sua versão dos fatos. Ele afirma que a dívida sequer existiu. “Não existe essa tal dívida que ela está criando. Tanto é que nem fui preso, se eu tivesse esfaqueado ela e fosse pego em flagrante – o que nem aconteceu -, eu estaria preso”.

O casal namorou por dois anos e três meses e tentavam a reconciliação do relacionamento há duas semanas. Segundo o ex-namorado, a mulher não aceita o fim do relacionamento.

O homem – que é mestrando capoeirista – alega que teve a casa destruída pela mulher, que teria tentado o agredir. “Ela quebrou toda a minha casa, me agrediu, eu tenho fotos, tenho filmes. Ela pegou um facão, tentou me agredir e, por defesa, achei uma barra de ferro e me defendi”, disse à reportagem. 

Ele também relatou que no mesmo dia do desentendimento do casal foi vítima de um atropelamento, que deixou sua motocicleta destruída. 

Briga 

Conforme o boletim de ocorrência, a mulher dispensou o atendimento médico dos bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas teria feito questão da presença da polícia.

O homem disse aos agentes que estava em casa com amigos quando a ex-namorada apareceu na residência. 

Ele confirmou que os dois se desentenderam. Contudo, alegou que o ferimento foi causado por uma barra de ferro usada para se defender. O homem negou o uso de uma faca ou objeto semelhante durante a discussão. 

Além disso, ele relatou aos policiais que teria ficado com o tornozelo esquerdo e ombro direito machucados depois que tentou sair de casa de motocicleta e foi derrubado pela ex-namorada com o carro. 

Os dois foram ouvidos na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e representaram criminalmente um contra o outro. Ela pediu medida protetiva de urgência contra ele.

A professora procurou atendimento médico em uma unidade de saúde, onde recebeu pontos no ferimento do pescoço. O caso foi registrado como lesões corporais recíprocas (violência doméstica).