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Polícia

‘É uma guerra’: Execuções nas Moreninhas mostram disputa de território de facções criminosas no tráfico

Uma das vítimas, Gabriel Jordão, teria enfrentado a facção vendendo drogas na região
Thatiana Melo -

Com mais de 100 mil habitantes, o bairro virou palco de execuções no último ano pela disputa da região no tráfico de drogas, que seria comandada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). Gabriel Jordão foi assassinado depois de vender drogas nas Moreninhas, sem ter como fornecedora a facção.

Ryan Victório Alencar, conhecido como ‘Amarelinho’, envolvido no homicídio de Gabriel Jordão e preso pelo crime, revelou a guerra travada nas Moreninhas com execuções que teriam à frente Wellington da Silva Bernardo, conhecido como ‘Tantan’, que seria o atacadista da área no fornecimento de drogas.

‘Tantan’ do PCC saiu da cadeia em 2022 e, em seguida, passou a gerir a comercialização de drogas nas Moreninhas, e Gabriel passou a vender drogas na região. Até aí nada que pudesse ser espantoso para quem mora no local e sabe da venda de entorpecentes, a não ser por um detalhe.

Gabriel Jordão tinha como fornecedor outro grupo que não era da facção, o que gerou desentendimentos entre ele e Wellington. ‘Tantan’ impôs uma quantidade mínima de cocaína adequada de 50 gramas, o que seria R$ 1.200, mas havia outros fornecedores com custo ‘menos elevado’, causando assim a rixa entre os dois. 

A facção já vinha monitorando Gabriel antes do dia em que foi executado na frente de uma casa na Rua Baguari. Ryan Victório prestou depoimento por 30 minutos, onde explicou sobre as execuções nas Moreninhas. “É uma guerra”, disse sobre o domínio do tráfico de drogas.

Ryan também é suspeito da execução de Ronald Felipe Cavalheiro Cardoso, com 13 tiros, no dia 26 de junho de 2022, e por esta execução ‘Amarelinho’ estaria ‘decretado’ pela facção PCC, que não havia aprovado o . Entretanto Wellington, que seria seu ‘padrinho’, conseguiu sua redenção junto à facção, quando se mudou da região.

‘Amarelinho’ também já havia tentado matar um comerciante na região, por não concordar com o atendimento recebido. Em uma das conversas interceptadas pela polícia pelo grupo de Ryan é de forma bem explícita que ameaças são feitas para quem tenta ‘bater de frente’ com ‘Tantan’ e seu grupo. 

“Que foram três equipes para matar vocês. Todos os dias vamos passar aí”, diz uma das mensagens ao seu desafeto. 

Gabriel Jordão

Gabriel foi executado no dia 1º de fevereiro deste ano com vários tiros na Rua Baguari. Os atiradores passaram uma vez na rua e voltaram.

Então, um deles desceu do Palio armado com uma pistola 9 mm, atirando. Neste momento, Gabriel correu e tentou entrar em uma residência que estava com o portão fechado.

Em seguida, ele correu novamente e tentou se esconder em casa, mas acabou alcançado. Com isso, foi assassinado com diversos tiros, que atingiram cabeça, costas e pernas.

Logo após o assassinato, os autores fugiram. No bolso de trás do short de Gabriel, a polícia encontrou papelotes de droga. O rapaz já tinha passagens por tráfico de drogas e teria deixado a em 2021.

Ronald Felipe

Ronald Felipe Cavalheiro, de 19 anos, morreu após ficar internado na Santa Casa ao ser ferido com 13 tiros, no bairro Moreninhas, em 2022. O crime aconteceu por volta da 1h20 da madrugada. Segundo relatos da mãe do rapaz para a polícia, ele estava em frente de uma casa na Rua Murure com amigos, quando uma dupla, conhecida por ‘Amarelinho’ e ‘Ryan’, chegou e passou a disparar contra o rapaz, um total de 13 tiros.

Ainda segundo informações da mãe da vítima, cerca de quatro tiros atingiram o rapaz, sendo três na região lombar e um na perna. O atentado estaria relacionado com uma desavença entre a vítima e a dupla.

Kelvy Dhoko

Kelvy Dhoko de Souza Gonçalves, de 17 anos, foi assassinado a tiros no bairro Moreninhas, em Campo Grande, durante a noite do dia 17 de abril de 2023.

O crime aconteceu na Rua Baguari. Dois autores estariam em uma moto Honda Titan vermelha. Outros envolvidos estariam em um Toyota Corolla, preto, junto com a dupla de moto. 

Luan de Oliveira

Luan de Oliveira Araújo, de 22 anos, foi assassinado com mais de 10 tiros e outros dois jovens foram feridos a tiros. Luan foi morto em outubro de 2023.

Testemunhas contaram que Luan estava em um grupo perto de uma creche na Rua Sambacuim, quando, por volta das 20 horas, dois homens, que estavam em uma motocicleta, passaram pelo grupo e fizeram vários disparos, acertando outros dois rapazes, sendo um deles no ombro e o outro no dedo da mão direita.

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