Pai e filhos envolvidos com uma organização criminosa, que atua no esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, foram presos durante a Rota Caipira, deflagrada nesta terça-feira (27). A família foi presa em , cidade na região oeste do Estado, que faz fronteira com a Bolívia. Os presos têm envolvimento com uma quadrilha do Piauí.

As prisões foram realizadas em cumprimento aos mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos no Piauí. De acordo com o delegado da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), do Estado Piauiense, Charles Pessoa, a família de Corumbá era responsável por recebimentos e pagamentos de drogas.

“Pai, filho e filha foram presos. Além de envolvimento com grupo criminoso, eles são responsáveis pela logística de recebimento de valores e pagamento da que estava seguindo para o Piauí”, relata.

Ao todo, foram 18 mandados entre e outros Estados. A princípio, houve a informação de dois presos no Estado e que um dos alvos foi detido em e outro em Corumbá, no entanto, os três mandados de prisão aplicados em MS foram na cidade Corumbaense.

Durante a Operação Rota Caipira foram presos líderes e operadores financeiros do esquema, apreendidos valores e bens obtidos como proveito do crime, e documentos relacionados aos fatos.

As buscas e prisões foram cumpridas com apoio da Polícia Civil do Piauí, e Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

Prisão de um dos membros da organização

As investigações começaram depois da prisão de Laércio Batista, no interior de São Paulo, e com isso a Polícia Civil do Piauí pôde identificar todo um núcleo responsável por entrada e circulação de drogas no país, pela via popularmente conhecida como “rota caipira”.

Laércio foi preso em outubro do ano passado, responde a vários processos por crimes violentos e, no sistema prisional, passou a integrar uma facção criminosa com origem no estado de São Paulo.

Ao conseguir localizar e prender esse foragido no estado de São Paulo, a Polícia Civil obteve informações relevantes sobre a estrutura financeira da organização criminosa.

Essa engenharia financeira permitia o pagamento de drogas que entravam no país pela fronteira com a Bolívia, bem como a operação logística necessária para transportar essa droga ao sudeste do país e estados nordestinos de destino final.