Cassino clandestino funcionava havia 4 meses com 14 máquinas em Campo Grande

Segurança detido disse que recebia R$ 1 mil, mais comissão por mês; ele foi ouvido e liberado

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(Foto: Jornal Midiamax)

O segurança detido em um cassino clandestino no bairro Jardim São Bento, em Campo Grande, na noite desta segunda-feira (27), foi contratado por uma mulher para cuidar do local, que funcionava há 4 meses, segundo informações da polícia. O segurança foi ouvido e liberado.

Na casa, os policiais encontraram cerca de 14 máquinas de jogos de azar. O homem de 36 anos relatou que estava trabalhando no cassino havia dois meses e que uma mulher fez a sua contratação. Ele ainda disse que o cassino era bastante movimentado, e que nesta segunda (27) várias pessoas teriam ido ao local para fazer apostas. 

Quando os policiais chegaram ao local, as máquinas estavam ligadas e refletindo luminosidades para fora da residência. No momento da abordagem não havia clientes no cassino. No local foram localizadas todas as máquinas em funcionamento, totalizando 14 máquinas. Ainda na residência foram localizadas mais três máquinas de cartão que foram entregues na delegacia.

O segurança foi encaminhado para a delegacia para prestar esclarecimentos, onde assinou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), sendo liberado em seguida, já que é um crime de menor potencial ofensivo, com penas de até 2 anos de reclusão.

A casa é alugada e o proprietário não estaria ligado aos jogos de azar.

Denúncia de tiros e cassino

Os policiais da Força Tática da 6ª CIPM foram acionados com a informação de que havia duas pessoas discutindo em frente a uma casa de jogos de azar, no Jardim São Bento, e uma delas estaria armada. Mas, quando chegaram ao local, não encontraram as pessoas.

Vizinhos contaram que viram um homem saindo armado de uma casa de jogos de azar e que ocorreu uma briga no cassino antes da chegada da viatura policial. Assim, os militares foram até a rua indicada e lá encontraram o cassino e as máquinas apreendidas. 

A lei

O artigo 50 da Lei de Contravenções Penais, restaurado pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra em 46, proíbe “estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou sem ele” e prevê pena de prisão para quem descumprir essa regra.

Até 1993, apostas ficaram totalmente proibidas no Brasil até que, durante o governo Itamar Franco, a Lei nº 8.672, conhecida como “Lei Zico”, autorizou o retorno dos bingos promovidos por entidades esportivas, apenas para arrecadar recursos para fomentar os esportes no País. A liberação foi derrubada em 1998.

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