Defesa de Policial Federal usa testemunhas para falar da ‘eficiência e confiança’ de Everaldo em júri

Everaldo Monteiro é apontado por ter envolvimento no caso Playboy da Mansão

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(Henrique Arakaki, Midiamax)

A defesa do policial federal, Everaldo Monteiro, usou os depoimentos das testemunhas arroladas para o júri do caso do ‘Playboy da Mansão’, para discorrer sobre a conduta eficaz. Everaldo chegou a ser preso durante a deflagração da Omertà, mas depois ganhou liberdade. O júri deve durar quatro dias.

O primeiro a depor foi o policial aposentado, João Rogério D’Ávila. Para os jurados, ele disse que Everaldo sempre foi um bom policial. “O período que ele trabalhou comigo sempre foi policial bom, eficiente, que corre atrás de informações e de trabalho, senão não estaria trabalhando na equipe”, disse o policial.

José Eduardo Rocha, delegado aposentado, também falou da conduta de Everaldo. “Bastante tempo ele trabalhou na fronteira esporadicamente e ficou um tempo fixo também na base de inteligência em Ponta Porã”, falou o delegado. O agente federal, Antônio Raniele Magalhães, também falou sobre Everaldo. 

“Ele era muito bom em se infiltrar, em fazer amizade tanto de um lado como do outro. Ele era recrutado”, disse o agente. Na segunda-feira (16), a defesa pediu pelo desmembramento do júri.

Desmembramento

A defesa pediu pelo desmembramento do júri e para que Everaldo seja julgado em outra oportunidade. O crime aconteceu em 2018.

Jail Azambuja, advogado de Everaldo, falou sobre a perícia não feita em áudios juntados no inquérito. “Relativo à perícia, insisto que não foi realizada. Existe a necessidade da perícia desse material integralidade, e ainda necessário talvez desmembramento do júri”, disse a defesa.

A defesa ainda falou que seria necessário que Everaldo fosse julgado em outro momento. “No sentido de que quando deferiu o alargamento do prazo, o inquérito era de 6 mil páginas e hoje tem mais de 10 mil páginas. O réu tem direito à defesa efetiva e plena e o tempo é essencial”, disse.

Primeiro dia de julgamento

No plenário, prestaram depoimento, na segunda-feira (16), os delegados Tiago Macedo e João Paulo Natali Sartori, bem como o investigador de polícia, Giancarlos de Araújo e Silva, testemunhas de acusação. Das testemunhas de Jamil Name Filho arroladas pela defesa, apenas Marcelo Oliveira compareceu e respondeu às perguntas dos jurados. 

Rios teria recebido R$ 50 mil para matar ‘Playboy da Mansão’ dentro de cadeia

Macedo disse que Marcelo Rios, o ex-guarda municipal, recebeu R$ 50 mil para matar Marcel Colombo dentro da cadeia, depois da prisão de ‘Playboy da Mansão’ por descaminho. Mas como não conseguiu matar dentro da cadeia, teve de fazer o ‘serviço’ quando Marcel foi solto.

“A organização mata os pistoleiros que fazem cagada”, disse o delegado. Ainda segundo o delegado, o contador Elton Pedro, que também fazia levantamento de informações para a família Name, teria pesquisado sobre a vida de Playboy da Mansão.

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