Defesa de Marcelo Rios alega que execução de ‘Playboy da Mansão’ não tem relação com a Omertà

Defesa alega que caso não tem relação com a Operação Omertà

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Advogado Márcio de Campos Widal Filho e o réu Marcelo Rios (Foto: Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A defesa de Marcelo Rios, feita pelo advogado Márcio de Campos Widal Filho, alega inocência de seu cliente em relação ao assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, o ‘Playboy da Mansão’ e argumenta, durante Tribunal do Júri desta quarta-feira (18), que o caso não tem relação com a Operação Omertà.

“Como não? Se vários desdobramentos da Omertà, como os pen drives impactam diretamente nesse caso? O pen drive aponta ligação íntima de Marcelo rios com a ex-esposa, e inclusive de Everaldo que quer tirar o corpo fora agora. Arquivos dele em pen drives do Marcelo Rios. E não tem nada a ver com a Omertà?”, respondeu e indagou o promotor de Justiça, Moisés Casarotto.

A defesa de Jamilzinho também segue a mesma linha. “Hoje não se julga aqui crime de casa de armas, de organização criminosa ou qualquer outro processo. Hoje se julga o assassinato de Marcel Colombo. Por isso, eu clamo para tirarem de seus lados o que ouviram durante quatro ou cinco anos dessa operação. E chegarão a conclusão de que este processo, esta acusação não tem um elemento que traga Jamil Name Filho a morte de Marcel Colombo”, alegou o advogado Pedro Paulo.

Funcionária de telefonia recebeu R$ 2 mil de policial federal para dar informações aos Name

O policial federal Everaldo Monteiro, um dos réus pela morte de Marcel, é acusado de pagar R$ 2 mil para a funcionária de uma empresa de telefonia passar informações à família Name.

O promotor Gerson Eduardo de Araújo fez a declaração durante o julgamento. Conforme ele disse, Everaldo protegia informações sem backup e mandava para o próprio e-mail.

“Está comprovado que o Everaldo usava pesquisas de interesse de Name Filho e também de colegas. Teve a pagar R$ 2 mil para funcionária de empresa de telefonia para pegar informações que só podia passar para juiz”, disse Gerson.

Mais cedo, o promotor Douglas Oldegardo afirmou no plenário que mandante não passa recibo. “Não tem áudio, bilhete, mensagem em que Jamil fala para matar o Marcel. Não existe”.

Playboy da Mansão

A denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) relata como foi planejado e executado o crime. Naquela ocasião, Marcel estava em uma cachaçaria, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, quando foi atingido pelos disparos.

Ainda segundo o MPMS, o crime foi executado por Juanil, com auxílio de Marcelo Rios, José Moreira e Everaldo Martins. Isso tudo a mando de Jamil Name e Jamil Name Filho. Além disso, em um erro na execução do crime, um outro homem que estava no local também foi atingido por um disparo.

Por fim, foi apurado que Rafael Antunes foi o responsável por ocultar a arma do crime, com participação indireta. Também foi relembrado na denúncia que a motivação do crime foi um desentendimento entre Marcel e Jamil Name Filho em uma boate de Campo Grande. Naquele dia, Marcel teria agredido Name com um soco no nariz.

Marcel foi assassinado em 2018, mas a rixa entre o ‘Playboy da Mansão’ e Name começou em 2016, quando os dois se desentenderam por causa de balde de gelo. Em 2021, Jamil Name Filho negou ser o mandante da morte, mas confirmou o atrito e deu detalhes.

Promotor de Justiça Moisés Casarotto (Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

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