A infração ao estatuto do PCC (Primeiro Comando da Capital) por Mateus Pompeu Dias, de 40 anos, conhecido como ‘Opalão do PCC’, executado a tiros no dia 21 de março no bairro Montevidéu, em Campo Grande, seria a possível causa da morte, segundo relatório da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa). 

De acordo com o relatório, Mateus matou um membro da facção sem permissão da organização e, em casos graves como este, o faccionado é ‘julgado’ pela hierarquia maior do PCC. Assim, em casos extremos, é elaborado o ‘Decreto’, que é a punição mais grave, a morte.

Pelas regras do PCC, as punições a membros vão desde afastamento, suspensão e exclusão e, em última instância, a morte. Mateus estaria ‘jurado de morte’ depois deste assassinato e por ser suspeito de estupro.

Quando teve a esposa Sônia Estela Flores, assassinada por engano em abril de 2020, Opalão do PCC falou que estava recebendo ameaças desde 2016. Apontado como assassino de Opalão, ‘Tonzinho’ foi descrito pelo relatório com “frieza e consciência do fato, não sendo motivado por vingança”. 

Segundo o relatório, ‘Tonzinho’ seria o tipo de um ‘sicário’, ou seja, um assassino profissional, contratado para cometer as execuções a mando da facção PCC. Opalão tinha mais de 60 passagens pela polícia.

Execução do Opalão do PCC

Um policial que seguia para o trabalho tentou evitar o crime, quando percebeu a ação do motociclista e jogou o carro em cima do autor, que conseguiu se desvencilhar. Em seguida, o motociclista emparelhou ao lado do motorista e fez os disparos.

O motorista morreu no local antes da chegada do socorro e teria sido atingido por cerca de oito tiros. O policial ainda perseguiu o motociclista, que atirou contra o carro do militar. Ocorreu troca de tiros e o autor acabou preso. 

A vítima tinha várias passagens pela polícia, entre elas, de estupro contra as próprias filhas. O autor também tem passagens. A Polícia Militar acredita em acerto de contas entre os dois.