O cuidador que foi preso pela morte do cadeirante José Roberto de Carvalho, de 59 anos, no bairro José Abrão, em Campo Grande, teve a prisão preventiva decretada, nesta quarta-feira (16). Ele ficou com o corpo em casa por cerca de 12 horas.
Em audiência de custódia foi determinada a prisão preventiva do cuidador. Na decisão foi pedido à Agepen cuidado especial com o custodiado. “Ofício à AGEPEN determinado que seja verificado o local apropriado para o cárcere do autuado, haja vista que o custodiado pertence ao grupo LGBTQI+.”
Quando preso, o cuidador contou várias versões, uma sendo que duas pessoas teriam invadido a casa e assassinado José, outra em que ele teria tido ajuda de duas pessoas para cometer o crime e por último acabou confessando o assassinato.
12 horas com o corpo
Segundo a perícia, o corpo de José foi arrastado pela casa e colocado cuidadosamente no colchão. A cadeira de rodas foi localizada fora da residência. De acordo com a perícia feita, José estava morto há 12 horas. A vítima morreu por traumatismo craniano depois de ser espancado a socos.
O autor tem passagens por furto e tráfico de drogas desde 2014. Ele afirmou que recebia por mês o valor de R$ 1 mil. O homem passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (16).
A morte
A vítima foi encontrada morta dentro de casa com sinais de violência e uma equipe da 2ª Delegacia de Polícia Civil, bem como a Perícia, foram acionadas para o local. Os peritos constataram que o cadeirante foi vítima de espancamento.
No local, o cuidador do cadeirante disse que outras pessoas teriam cometido o crime, porém, logo ele entrou em contradição e acabou confessando. Segundo explicou a delegada Bárbara Camargo Alves, o suspeito afirmou que a vítima teria se aproveitado do momento em que ele dormia para abusar sexualmente dele. Com isso, agiu para se defender.
O homem seria usuário de drogas, morava com o cadeirante e cuidava do mesmo em troca de dividir as despesas da casa.