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Polícia

Criminosos se passam por ‘bancos’ e aplicam golpes por ligação telefônica em sul-mato-grossenses

Delegado de Polícia Civil orienta sobre como evitar ser vítima de estelionatários
Lívia Bezerra -

Criminosos estão se passando por ‘bancos’ e aplicando golpes por meio de ligações telefônicas na população sul-mato-grossense. Nesta quarta-feira (13), um leitor do Jornal Midiamax recebeu uma ligação, desconfiou e procurou a reportagem para registrar o fato. 

Na ligação, efetuada por um número com DDD 67, os golpistas usam a voz da assistente virtual do Banco Bradesco, que se apresenta e informa que a transferência Pix foi enviada através do aplicativo “Bradesco Celular” para o destinatário, detalhando nome e a instituição bancária. “Caso não reconheça a transação, digite 1 e aguarde na linha para ser atendido”, finaliza a suposta assistente virtual. 

Em seguida, a ligação é transferida para a central de atendimento ao cliente, onde o golpista se passa por um atendente. A partir desse momento, é que se inicia o golpe e a vítima precisa se atentar para não passar dados pessoais e ser prejudicado. 

O diretor financeiro do Sindicato dos Bancários de e região, José dos Santos Brito, afirma que os golpistas não se passam por atendentes somente do Bradesco e, sim, por todas as instituições bancárias. 

Em entrevista ao Jornal Midiamax, ele relembrou um caso em que um criminoso ligou para uma pessoa, se apresentou como um funcionário do Banco Central e informou que estariam realizando saque no cartão de crédito da vítima. Contudo, essa não é uma atividade realizada por bancos. 

“Não passe informações pelo celular, pois o banco já tem suas informações, ele não vai te ligar para pedir informações sobre isso ou aquilo. Ligue para o gerente da sua agência e converse diretamente com ele. O máximo que o banco faz é encaminhar uma mensagem sobre compra no cartão de crédito, pois se você autorizou o envio de mensagens, você receberá SMS sobre as compras realizadas”, explica o diretor. 

Polícia Civil dá dicas para evitar golpes

Campo Grande conta com 7 delegacias de Polícia Civil espalhadas pela cidade. Em todas são registradas ocorrências de estelionato diariamente. Entre as vítimas estão desde jovens, adultos e idosos. 

Procurar instituições bancárias sólidas, realizar negociações em aplicativos bancários juntamente com agências e não efetuar transações para empresas ou desconhecidos são algumas das orientações dadas pelo delegado Reginaldo Salomão, da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). 

“Evitar atravessadores, até porque, ainda quando efetuam a transferência de crédito, elas efetuam os empréstimos através da rede bancária tradicional, encarecendo a transação, pois se faz necessário o pagamento de comissões, etc. Efetue a baixa e de aplicativos bancários juntamente as agências e negocie juros, empréstimos, consignados através desses aplicativos, em caso de dúvidas compareça ao banco”, reforça o delegado.

Ele também ressalta a importância de ficar atento na hora de realizar uma compra. Se a compra foi feita em uma empresa ‘X’, o pagamento deverá ser realizado para a empresa ‘X’ e não para outra pessoa. “Muitos estelionatários utilizam esses documentos para abrir empresas e aplicar golpes em outras pessoas, efetuar cadastro em lojas, operadoras”.

Outra orientação é não fornecer documentos e fotos sem ter a certeza da idoneidade da empresa que está em contato com a vítima. 

Informações muito detalhadas nas redes sociais também podem favorecer dezenas de golpes, onde a vítima acaba sofrendo prejuízos posteriormente e até anos depois, como ter seu nome negativado após uma criação de cadastro falso, segundo detalha Reginaldo Salomão.

“As mídias sociais devem ser fechadas e só se deve adicionar pessoas conhecidas, tanto que a denominação é ‘amigos’. Uma letra, um ponto, um símbolo na denominação da empresa é suficiente para encaminhar dinheiro e dados para empresa diversa da pretendida”.

Em muitos casos, as vítimas são lesadas e acabam ficando desesperadas sem saber como agir. Para isso, o delegado orienta que o correto é registrar ocorrência imediatamente, entrar em contato com o banco e tentar um bloqueio ou estorno. 

A pena para o crime de estelionato comum é de 1 a quatro anos de prisão, se qualificado varia de 2 a oito anos.

Golpistas levam R$ 9.999 mil de douradense em fraude eletrônica

Uma mulher, de 29 anos, moradora de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, procurou a Delegacia de Polícia para denunciar que foi vítima de golpe no último dia 4. Ela disse ter perdido a quantia de R$ 9.999,00. O dinheiro saiu de sua conta após contatos bancários.

A vítima relatou na Depac (Delegacia de Pronto atendimento Comunitário), onde o caso foi registrado como fraude eletrônica, que uma pessoa se apresentou como funcionária do Banco do Brasil e que sua conta estava sendo acessada.

Para se proteger de uma suposta fraude, a correntista deveria adotar alguns procedimentos. Em seguida, a vítima percebeu tratar-se de um golpe.

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