Criminosos estavam monitorando policiais penais em atentado com mais de 10 tiros na Máxima

Policiais penais perceberam movimentação estranha em matagal próximo a Máxima

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(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Os criminosos que estavam nos arredores do Presídio de Segurança Jair Ferreira de Carvalho, conhecido como Máxima, estariam tentando colocar em prática um atentado contra três policiais penais, que estavam no presídio. Foram feitos cerca de 10 disparos contra os policiais penais.

O tiroteio acabou em confronto com policiais do Batalhão de Choque e um dos criminosos morto. Policiais penais que estavam nas torres do presídio perceberam uma movimentação estranha em um matagal nas proximidades, quando viram dois homens tirando fotos de um dos agentes. 

Ao direcionar a lanterna para averiguar o que estava acontecendo, o policial foi surpreendido por tiros disparados pelos autores. Outro policial ao ouvir os disparos foi em direção para ver o que estava acontecendo quando dois homens que estavam na esquina da Rua da Conquista com a Rua do Bananal fez disparos em sua direção.

Policiais penais já teriam sido ameaçados de morte através de um bilhete encontrado na Gameleira de Segurança Máxima.

Após o episódio deste domingo (19), o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) Rodrigo Maiorchini, relatou que os procedimentos seguem ‘normais’.

Quando questionado se os procedimentos mudariam ou as revistas ficariam mais rigorosas, Maiorchini se limitou a dizer que, “os procedimentos seguem normais”. Policiais penais foram alvos de tiros na madrugada por um grupo de criminosos que tentava arremessar para dentro da Máxima celulares, que acabaram apreendidos por policiais do Batalhão de Choque depois do confronto em que um dos bandidos morreu. 

Já o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Santiago, a categoria espera uma resposta rápida, “Estão esperando enviar uma coroa de flores para uma família para depois tomarem uma atitude?.”, questionou. 

“A Agepen não teve coragem de dar uma resposta imediata no combate ao crime organizado, como outros estados fizeram”, disse Santiago. O presidente do sindicato ainda fala da necessidade de maior efetivo e da regulamentação da Lei dos policiais penais. O sindicato emitiu um alerta sobre aos agentes depois do ocorrido neste domingo. Leia o alerta na íntegra:

“O SINSAPP informa que há suspeita de um atentado ocorrido contra policiais penais na noite de sábado, 18 de maio, na Unidade de Segurança Máxima. Em função desse incidente, o SINSAPP exige uma resposta imediata da SEJUSP e da AGEPEN, visando a segurança de todos os servidores. É crucial que todos os policiais penais e demais servidores fiquem atentos e redobrem a cautela. O sindicato está comprometido em acompanhar o caso de perto e exigirá medidas efetivas para prevenir novos incidentes.”

O confronto

Os policiais foram chamados para atender a ocorrência contra agentes policiais penais. No local, foram informados que alguns indivíduos efetuaram cerca de 10 disparos contra os agentes. Quando indagados sobre as características dos criminosos, relataram que um deles usava uma camiseta, de cor vermelha. 

Durante as buscas pelos autores, os policiais encontraram uma pessoa transitando a pé na Rua Adventor Divino De Almeida. Eles se aproximaram para realizar uma abordagem. Após alguns metros, os policiais foram surpreendidos por dois tiros e revidaram. 

Foi solicitado apoio da Rotac (Rondas Ostensivas Táticas e Ações de Choque), que encaminhou o ferido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Nova Bahia, onde foi constatado o óbito. A perícia recolheu do local dois celulares envoltos em espuma e fita adesiva de cor verde, “característico aos lançados para o interior do presídio”. Também foi recolhida uma uma arma, tipo revólver, de cor clara calibre 38 contendo 4 munições intactas e 2 deflagradas.

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