O comerciante, de 60 anos, preso com arma em casa durante a Operação Guatambu II, no Jardim Centenário, em Campo Grande, foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil ao Poder Judiciário, nesta sexta-feira (17).

Ele foi preso por crimes do Sistema Nacional de Armas na quinta (16) durante a operação que investiga tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

Além de ser encontrada uma pistola na casa do comerciante, uma troca de mensagens no aparelho celular do homem revelou um suposto esquema de agiotagem.

Na manhã desta sexta (17), ele passou por audiência de custódia, onde disse ao Juiz que possui chácara e trabalha com compra e venda de veículos. Ao fim da audiência, a Justiça decidiu pela liberdade provisória mediante fiança no valor de R$ 5 mil. Após o pagamento, o alvará de soltura foi expedido e o comerciante solto.

Prisão

Inicialmente, ao ser questionado sobre ilícito na residência, o comerciante não informou sobre arma. Entretanto, os policiais realizaram buscas e encontraram uma pistola Taurus, de calibre 9 x 19 mm (milímetros), que estava na cama do quarto da neta dele.

Questionado, o comerciante alegou que a arma pertencia a um amigo, segundo boletim de ocorrência. Durante as buscas, os policiais viram uma troca de mensagens no celular do homem que indicam suspeita de crime de agiotagem, por isso, o aparelho foi apreendido.

O comerciante, preso por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, foi encaminhado a sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que deflagra a operação. 

Operação Guatambu II

A operação, deflagrada pelo Dracco, da Polícia Civil, conta com apoio operacional do Deinter 10 (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), sob a coordenação da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba, em São Paulo. 

Durante a operação nesta quinta-feira (16), uma oficina mecânica, em Campo Grande, onde a quadrilha fabricava fundo falso para o transporte de drogas entre os estados, foi descoberta. Também foi apreendida uma tonelada de cocaína, além de diversos automóveis e documentos.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, AnastácioAquidauana, Birigui, em São Paulo e Fortaleza, no Ceará, com o objetivo de desarticular o grupo de fornecedores de drogas, vindas do Paraguai e da Bolívia.

Equipes do DPE (Departamento de Polícia Especializada), através do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestro), da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos crimes de Furtos e Roubos de Veículos) também deram suporte a operação.