Cimi diz que morte de indígena em MS foi ação criminosa da PM

Riedel conversou por telefone com o presidente Lula no final da tarde desta quarta

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Região de conflito em Aral Moreira (Foto: povo Guarani Kaiowá

Em nota, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) fala em ação criminosa da Polícia Militar em relação a morte do indígena Neri Ramos da Silva, de 23 anos, na manhã desta quarta-feira (18), am Antônio João, cidade a 281 quilômetros de Campo Grande. Neri, morto em ação do da PM deixa um filho de 11 meses.

Em relação ao caso, o o governador Eduardo Riedel conversou por telefone com o presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, no final da tarde desta quarta.

Leia a nota:

O Cimi denuncia a ação criminosa, violenta e cruel da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul contra a comunidade indígena Guarani e Kaiowá da Terra Indígena Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João (MS). A ação resultou no assassinato do jovem Neri Ramos da Silva, de 23 anos, na manhã de hoje (18).

Neri deixa um bebê de 11 meses, e se soma a outros indígenas que tiveram sua vida interrompida enquanto lutavam pela demarcação do tekoha Nhanderu Marangatu, como Marçal Tupã’i, Dorvalino Rocha e Simeão Vilhalva.

O assassinato de Neri é o reflexo mais recente da violência sistemática impetrada contra os indígenas nesta região há décadas, assim como a situação na TI Nhanderu Marangatu é emblemática da realidade que os povos vivem hoje no estado de Mato Grosso do Sul e em todo o país.

Nem Marçal Tupã’i, nem Dorvalino, nem Simeão, nem Neri conseguiram ver sua terra livre. Cabe a todos nós, e principalmente ao Estado brasileiro, adotar a coragem, a atitude e a determinação necessárias para que o filho de Neri, hoje com 11 meses, possa viver em paz, no tekoha livre, como Neri queria.