Professor que chamou alunos de ‘pobres’ já teria assediado menina em troca de nota alta na prova

Menina foi ouvida em depoimento especial na DEPCA

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(Ilustrativa)

O professor de inglês que humilhou alunos do 5º ano de uma escola municipal de Campo Grande já assediou uma aluna de 12 anos, de outra escola municipal onde ele ministrava aulas. O caso aconteceu em abril deste ano. Os pais procuraram a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

Na época, a mãe da menina procurou a DEPCA (Delegacia de Proteção à  Criança e ao Adolescente) e a filha foi ouvida em depoimento especial. Conforme o relato, o professor fazia muitos elogios a menina, sendo que em uma das ocasiões teria dito à aluna: “Vou dar dois pontos para você na matéria porque tenho uma quedinha por você”.

A menina teria contado o fato para uma amiga, que disse que ela precisava falar para a sua mãe o que estava ocorrendo. Assim, a adolescente revelou à mãe a situação e a mulher procurou a delegacia. 

‘Burros e pobres’

Pais procuraram a polícia e denunciaram um professor de inglês que teria humilhado e xingado crianças de uma sala do 5º ano de uma escola municipal, localizada no Jardim Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, na última terça-feira (5).

Conforme o registro policial, um professor de inglês entrou agressivo na aula e falou para os alunos formarem fila dentro da sala. Os alunos então entenderam que era para formarem a fila no pátio.

Diante da situação, consta no registro policial, que ele então teria dito que “os alunos não tinham futuro, que eles eram burros, que os pais não tinham condições de pagar faculdade particular, pois, são pessoas pobres”.

O professor ainda teria dito para os alunos baixarem a bola: “Tem que comer muita grama”. Em seguida, “mandou as crianças se f****”. O diretor da escola possui áudios e vídeos dos fatos que estão à disposição da Polícia Civil.

O Jornal Midiamax procurou a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para saber o que seria feito no caso do professor, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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