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Polícia

Briga em condomínio que acabou na delegacia foi motivada por denúncia de ‘bico’ em serviço

Moradora ouvida pela reportagem desmente versão do boletim de ocorrência e relata retaliações
Victória Bissaco -
crianças
Caso foi registrado na Depac Cepol (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A briga generalizada entre moradoras de um do Campo Nobre, no último domingo (1º), e que terminou na delegacia teria sido motivada por uma denúncia que levou uma das mulheres a ser desligada de cargo público. Uma das envolvidas procurou o Jornal Midiamax para contar outra versão, diferente na registrada no boletim de ocorrência, e relatou ser vítima de retaliações após o caso. “Não consigo sair de casa”.

A secretária, de 42 anos, moradora do condomínio, conta que a discussão iniciou por problemas pessoais da mulher agredida com outra moradora e a irmã dessa última. Segundo relato dela, a vítima das agressões teria ocasionado o desligamento de uma das irmãs de um cargo público.

Isso porque a mulher, que trabalhava com educação, fazia ‘bicos’ a noite em uma lanchonete, para complementar renda. A mulher que acabou agredida teria juntado provas desse segundo trabalho e denunciado, o que ocasionou no desligamento e uma na mulher.

A irmã dela teria tomado as dores e, então, partido para cima da mulher agredida no último sábado com um capacete. A secretária, que é mencionada no boletim de ocorrência como ‘subsíndica’, explica que não está mais no cargo, mas que essa discussão ocorreu após o término das eleições, e não está relacionada de maneira alguma com questões do condomínio.

Ela relata, ainda, que a síndica, também citada no boletim de ocorrência, também não está envolvida na briga, apenas as duas irmãs, a mulher agredida e a , de 61 anos, a qual teria tentado agredir as outras envolvidas com um banco de madeira. Essa agressão apenas não ocorreu porque a moradora que conversou com o Midiamax tomou o objeto da mão da idosa. “Fiquei segurando embaixo do braço”, explica.

Após ser agredida pelas irmãs, a mulher gravou um vídeo culpabilizando as duas irmãs, além da síndica e da moradora, que contaram não terem nada a ver com o ocorrido. “Suas colaboradoras quebraram meu nariz, tá? Bateram na [idosa] uma senhora de 50 e poucos anos. Foi isso que a [síndica] fez, tá? A [síndica] avançou em mim com a [secretária], com todas as suas colaboradoras, o cara do trailer, tá bom? […] Mais de 20 mulheres para bater em mim e na [idosa]”, afirma no vídeo.

Retaliação e registro policial

A moradora contou à reportagem que o boletim de ocorrência foi registrado com a versão da mulher agredida e da idosa. Ainda, disse que tentou fazer uma ocorrência com sua versão, mas foi impedida por já haver o registro do caso.

A discussão mudou a rotina dela, que agora relata lidar com retaliações de amigos e familiares da idosa envolvida na briga. “A gente está recebendo retaliação. Eu não estou podendo mais sair de casa, a gente está recebendo ameaça. […] No domingo de manhã, eu estava dormindo e escutei a gritaria lá embaixo. Estavam três mulheres armadas, com porrete, com pedaço de pau, foram lá para me pegar, gritando que eu era covarde e não sei o que”, relata.

A secretária ouvida pela reportagem conta que acredita que essa versão registrada na polícia está ligada a desavenças entre a atual síndica e a moradora agredida, a qual concorria às eleições em uma chapa oposta.

O que diz o boletim de ocorrência

O boletim de ocorrência aponta que um grupo se reuniu nas dependências do condomínio para decidir sobre o resultado das eleições para síndico, ocorrida no sábado. Enquanto o grupo aguardava a chegada de um candidato, duas mulheres chegaram ao local.

Logo que chegou a reunião do grupo, a dupla teria começado a provocar as vítimas, que ameaçaram agredi-las. Lá, as agressões se iniciaram e uma das vítimas foi ferida a capacetadas.

Em seguida, a mulher que perdeu as eleições foi defender a colega e também foi atacada por outras quatro suspeitas, sendo uma delas a atual síndica. Assim, houve uma briga generalizada e a PM (Polícia Militar) foi acionada para o local. À polícia, a vítima disse acreditar que as agressões ocorreram a pedido da síndica, pois ela a acusa de denunciar uma suposta compra de votos.

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