Policiais localizaram nesta quarta-feira (7) uma arma de fogo escondida no telhado da casa de um homem, preso na Operação Snow, deflagrada em março deste ano pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que contou com apoio do Batalhão de Choque.

A arma foi descoberto após a ex-esposa do preso o denunciar por ameaça.

A mulher acionou a polícia informando que de dentro do presídio, ligou pedindo dinheiro na semana passada. Diante da negativa, o homem a ameaçou, dizendo que não era para ela se envolver com ninguém, senão iria sofrer consequências.

A mulher denunciou a ameaça na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher).

À polícia, a mulher contou que na conversa que teve com o ex, ele disse que os policiais não teriam feito as buscas direito na casa, já que escondeu uma pistola no telhado da casa, em um compartimento de proteção e abrigo da caixa d’água. 

A polícia fez buscas no local e encontrou a arma de fogo, Canik, fabricada na Turquia, com carregador com 20 munições.

O caso foi registrado na Depac Cepol.

Operação Snow

A operação ocorreu contra um grupo criminoso de tráfico de cocaína que cooptava policiais para a organização que usavam viaturas para fazer o transporte da droga. Foram 21 mandados cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã.

Segundo o MPMS (Ministério Público Estadual), a organização era altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, entre eles policiais cooptados pela organização. O grupo usava empresas de transporte para lavar o dinheiro.

Uma das maneiras utilizadas pelo grupo para trazer a droga de Ponta Porã até Campo Grande, de onde saía para outros estados, era o chamado “frete seguro”, por meio do qual policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública.

O grupo transportava a droga oculta em meio a uma carga lícita, o que acabava por dificultar a fiscalização policial nas rodovias, principalmente quando se tratava de material resfriado/congelado, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.

A organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial. Ainda segundo o Gaeco, foi possível identificar mais duas toneladas de cocaína da organização criminosa, apreendidas em ações policiais.