Amigo que matou Jhonathan com tiro na testa vai continuar preso em Campo Grande

O acusado de matar com um tiro na testa Jhonathan Flavio Gomes de Sena, de 28 anos, durante uma confraternização, na Vila Popular, região do Jardim Aeroporto, em Campo Grande, na noite de sábado (30) teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (2).

“Inicialmente, foi registrado um suposto suicídio, o que já se verificou não ter ocorrido, ao menos no contexto da prisão em flagrante. Essa situação revela a necessidade de uma apuração minuciosa e verificação do que realmente aconteceu, considerando que testemunhas apresentam versões conflitantes. Além disso, observa-se que o autuado reconheceu que, na ocasião, estava sob efeito de bebida alcoólica e substâncias entorpecentes. Diante desse cenário, não é recomendável a aplicação de medidas cautelares mais brandas”, disse o magistrado Albino Coimbra Neto em sua decisão. 

Jhonathan foi morto com um tiro na testa durante uma brincadeira, em que o autor estava atirando para cima. Uma das testemunhas ainda contou que teria pedido para que parassem com a ‘brincadeira’. “Não se brinca com estas coisas”, teria dito ao autor. Conforme testemunhas, o autor já teria feito disparos contra a vizinhança, além de ameaçar moradores.

Em depoimento, uma testemunha que estava na casa contou que Jhonathan estava hospedado na casa do autor, e que no dia do crime todos estavam bebendo, sendo que o rapaz estava sentado em um sofá com uma das meninas e Jhonathan estava em uma cadeira. 

O autor em determinado momento teria dito: “Vamos beber mais, Jhonathan”. Nisto, uma das meninas levantou e foi até a cozinha, sendo que no mesmo instante o autor teria feito disparos para o alto, mas nenhum dos tiros deflagrados. 

Em seguida, ele apontou para o rosto de Jhonathan, que teria ficado calmo, já que os outros tiros não foram deflagrados. Ainda conforme o relato, ao fazer o disparo, o tiro atingiu a testa da vítima que caiu da cadeira. 

O autor, então, jogou a arma ao lado do corpo do amigo e começou a gritar para sua mãe que estava no quarto. “Mãe, Jhonathan se matou”, logo em seguida, ele fugiu para a casa de um parente que acionou a polícia. De início, o autor tentou mentir sobre o crime. Mas as evidências apuradas pela polícia apontavam para um homicídio e não um suicídio.