Uso de drogas e ‘brincadeira’ com revólver teriam antecedido morte na Vila Popular

Casal que estava na companhia de Jhonathan foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos

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(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Uso de entorpecentes e uma ‘brincadeira’ com um revólver teriam antecedido a morte de Jhonathan Flavio Gomes de Sena, de 28 anos, durante uma confraternização, na Vila Popular, região do Jardim Aeroporto, em Campo Grande, na noite desse sábado (30).

Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada para averiguar uma ocorrência de suicídio e ao chegar na residência encontrou o portão aberto e o corpo da vítima na varanda coberto por um lençol e uma poça de sangue. 

Com isso, os policiais conversaram com a dona do imóvel e a mesma contou que escutou um barulho e ao sair para verificar se deparou com Jhonathan caído ao chão, já coberto com o lençol. 

Em seguida, um homem chegou à residência afirmando que um casal, de 25 e 28 anos, que estava com a vítima estaria abrigado em sua casa. Ainda, uma jovem, de 20 anos, foi até os policiais e relatou que viu um dos envolvidos efetuar três acionamentos do gatilho para o alto, mas que não conseguiu disparar.

Contudo, a mulher disse que um tiro acabou indo em direção a cabeça de Jhonathan, que caiu ao chão. 

‘Eu sou homem’, teria dito Jhonathan

Depois, o casal foi localizado pela polícia e alegou que estavam em uma confraternização entre amigos ingerindo bebida alcoólica e usando drogas desde sexta-feira (29).

Por volta das 16 horas desse sábado (30), Jhonathan teria retirado um revólver de sua mochila e começado a brincar com a arma, conforme o casal relatou na delegacia. Durante a ‘brincadeira’, a vítima teria efetuado um disparo para o alto, mas não conseguiu e logo disse: “eu sou homem”, apontando o revólver para sua cabeça, segundo o boletim de ocorrência. 

Assim que apontou a arma, Jhonathan teria efetuado um disparo contra o próprio rosto e ido a óbito. O casal, por sua vez, alegou que ficou em choque, jogou o revólver no corredor e cobriram a vítima com um cobertor. 

Posteriormente, eles pegaram seus filhos e gritaram por socorro indo em direção a casa do patrão de um dos envolvidos. À polícia, eles alegaram que evadiram do local com receio dos vizinhos que estavam se aglomerando na residência. 

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para o local, mas a vítima já estava sem os sinais vitais. Com isso, foi atestado o óbito e a Polícia Civil, bem como a Perícia, acionadas para realizar os levantamentos. 

Logo, o casal foi conduzido até a delegacia para prestarem esclarecimentos e a arma foi recolhida pelos peritos. 

O caso, tratado como morte a esclarecer, é investigado pela Polícia Civil.

Vizinhos ouviram tiros que terminaram em morte

A reportagem do Jornal Midiamax foi até o local onde o crime aconteceu na manhã deste domingo (1º) e conversou com alguns vizinhos, que não quiseram se identificar, mas afirmaram que ouviram os disparos durante a madrugada. 

Uma moradora relatou que o desentendimento entre a vítima e o suspeito teria ocorrido no fim da tarde, quando ela ouviu alguns tiros para cima. “Os primeiros tiros foram para cima e depois um acabou apontando a arma para o outro e iam disparando. O que atirou apontou para ele (vítima) e puxou o gatilho”, relatou. 

À reportagem, a vizinha também contou que a vítima e o suspeito eram amigos de infância e muito próximos um do outro, pois Jonathan era considerado tio dos filhos dele. 

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