O advogado e empresário Christopher Pinho Ferro Scapinelli, investigado por fraude em um concurso na Operação Sommelier, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), foi absolvido no julgamento da OAB-MS (Ordem dos Advogados Brasil – Seccional de Mato Grosso do Sul). 

O processo que envolve Christopher foi julgado na tarde desta sexta-feira (19) no Tribunal de Ética e Disciplina, onde a OAB-MS entendeu que não há elementos com relação à atuação dele como advogado. Portanto, o cadastro do profissional não foi suspenso. 

A operação investiga um grupo que direcionou licitação para contratar empresa de fachada, que tinha como sede uma loja de vinhos em Campo Grande, para organizar um concurso na prefeitura de Douradina – município distante 192 quilômetros da Capital. 

O empresário chegou a ser preso em flagrante com munições no dia 11 do mês passado, mas foi solto após audiência de custódia. Nesta semana, o juiz Evandro Endo negou pedido para devolver o valor de R$ 64.752,00 em espécie apreendidos na casa dele.

Loja de vinhos ‘ganhou’ licitação para organizar concurso?

A Operação Sommelier investiga atuação de grupo que agiu em conluio para direcionar a licitação da organização do concurso para a empresa Delta. O resultado do concurso também surpreendeu, já que a secretária municipal de saúde, Angela Cristina Marques Rosa, passou em 1º lugar para cargo de coordenadora pedagógica. Além disso, parentes de servidores investigados pelo Gaeco também obtiveram aprovação.

As investigações da 1ª Promotoria de Justiça de Itaporã identificaram que houve conluio entre agentes públicos para direcionar licitação que escolheu empresa para realizar concurso público para a prefeitura de Douradina.

O objetivo era desviar dinheiro através do superfaturamento.

Christopher tinha gabarito do concurso guardado em casa

No cumprimento dos mandados autorizados pela Justiça, o Gaeco apreendeu documentos importantes na casa de Christopher como uma página impressa do certame da prefeitura de Douradina com anotações manuscritas e um envelope com o gabarito do concurso na estante do escritório, junto com outros manuscritos que não tiveram o conteúdo divulgado.

Ainda, foram apreendidos pasta com documentos da Delta e outros diversos documentos relativos ao concurso de Douradina. Também houve a apreensão de R$ 64,7 mil em espécie e 8 aparelhos celulares.