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Polícia

Acusado de homicídio na fila do Cetremi nega crime: “Só tentei separar a briga”

Executor das facadas morreu no final do ano passado, antes de ser julgado; Eduardo Ferreira é acusado de segurar a vítima
Victória Bissaco -
Eduardo Ferreira foi o primeiro a ocupar o banco de réus em abril - (Foto: Alicce Rodrigues)

O primeiro julgamento do Tribunal do Júri do Fórum de do mês de abril é realizado na manhã desta terça-feira (2). Quem ocupa o banco de réus é Eduardo Ferreira, de 20 anos, acusado de participar do assassinato de Fábio Aparecido da Silva de Oliveira, de 26 anos, no Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua).

O crime ocorreu na noite do dia 8 de maio de 2022. Eduardo Ferreira é apontado como partícipe no caso, porque segurou Fábio Aparecido da Silva Oliveira para que Clélio Aparecido da Silva Santos desferisse as três facadas que o mataram. O executor, Clélio, morreu no final do ano passado, antes da data marcada para o julgamento, em outubro de 2023. O julgamento ocorre apenas com a palavra do réu, sem testemunhas.

A denúncia do Ministério Público indica que o jovem julgado nesta manhã, de fato, segurou a vítima. O réu, por sua vez, nega a intenção de auxiliar no crime e disse que apenas conteve Fábio para que ele não partisse para cima de Clélio, que estava com uma faca na mão. “Não foi na intenção de segurar para o Clélio dar a facada, porque ele [Fábio] já tinha tomado outras facadas. Foi só para ele não ir para cima, tanto que eu me assustei e fui embora, porque nunca tinha visto isso”.

Conforme relato do acusado, apenas Fábio e Clélio estavam abrigados no no dia do crime, e Eduardo foi ao local apenas visitar a mãe e irmã, que também frequentam o abrigo. Antes da briga, pela tarde, a vítima teria ofendido a mãe de Eduardo, porque ela estava com uma dívida de R$ 2 com Fábio por causa de um pacote de bolacha.

Fábio, assassinado com três facadas – (Foto: Arquivo, Midiamax)

Clélio presenciou a situação, “tomou as dores” da família de Eduardo e pagou a dívida para eles. No mesmo dia, Fábio também teria o ofendido por possuir um relacionamento homoafetivo com outra pessoa abrigada no local.

O réu disse, ainda, que enquanto os três aguardavam na fila, Fábio retornou com as ofensas contra Clélio, que se revoltou e passou a esfaqueá-lo. Neste momento, diz que segurou a vítima apenas para tentar separar a briga. O que causa estranheza no Ministério Público é, justamente, o fato de ele ter contido Fábio, que levava as facadas, e não Clélio, quem as desferia. “Como é que você vai segurar a pessoa que estava sendo atacada e você não vai tentar conter o agressor?”, indagou o promotor de justiça.

“Segurei Fábio para ele não ir pra cima do Clélio, que estava com a faca no dia. Foi nessa que eu puxei ele para mim, tropecei e caí junto com ele, aí foi quando o Clélio deu mais uma facada”, conta. Depois do crime, os dois fugiram do Cetremi, contudo, Eduardo afirma que não evadiram do local juntos e nem sabia que seria acusado de participar do .

O jovem foi preso sete meses depois e disse ter evadido o abrigo por medo de “comparsas” de Fábio. “Nem sabia que tinha mandado [de prisão] contra mim”.

Clélio Aparecido da Silva Santos, por sua vez, foi preso quatro dias depois do crime, em 12 de maio de 2022, por agentes da guarda municipal no Centro POP (Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua).

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