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Polícia

9 militares continuam internados seis dias após fim de treinamento do Exército com morte de recruta

Vinícius Ibanez Riquelme, de 19 anos, morreu no último sábado (27) e outros 78 militares passaram mal após o treinamento de campo
Lívia Bezerra -
Soldados são lotados no 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado de Bela Vista.

Sobe para 78 o número de militares que precisaram de atendimento médico após um treinamento de campo que terminou com a morte do soldado Vinícius Ibanez Riquelme, de 19 anos, no sábado (27), em Bela Vista, cidade a 324 quilômetros de . Destes, 17 receberam alta e 9 militares seguem internados. 

A família de Vinícius denunciou que a morte ocorreu por um possível quadro de ‘desidratação’ e ‘esforços exaustivos durante os exercícios físicos’, realizados em uma manobra militar. O treinamento ocorreu em meio a onda de calor já anunciada antecipadamente pela meteorologia.

A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada alega que na quarta-feira (1º) dois militares foram hospitalizados, sendo um com “sintomas brandos de infecção viral”, que está em observação no hospital de .

O outro, que já havia sido diagnosticado com sintomas, foi atendido no posto médico do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado de Bela Vista e seria encaminhado para o Hospital Militar de Campo Grande. 

Em nota, a 4ª Brigada confirma que dos 26 militares hospitalizados, 22 são recrutas e 4  instrutores do exercício de campanha. 

Destes, nove permanecem internados recebendo cuidados médicos. Um dos militares continua sob cuidados intensivos, enquanto os demais foram transferidos para a enfermaria.

No dia 30, a atualização de recrutas internados era de 77 militares. A mãe de um dos recrutas disse que o filho ainda está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em Campo Grande, e que junto dele está outro militar internado. 

Vacinação após morte

Devido à morte do soldado após treinamento exaustivo e confirmações de alguns casos de infecções virais, o Exército decidiu aplicar vacinas contra a Influenza para todo o efetivo do 10º Regimento. A campanha aconteceu das 7h30 às 10h da manhã dessa quinta-feira (2) e continua no mesmo horário nesta sexta-feira (3).

No que se refere às denúncias de possíveis excessos durante o treinamento que acabou na morte do recruta Vinícius, a 4ª Brigada afirma que foi aberto um procedimento administrativo para investigar. 

“Foi aberto um procedimento administrativo para investigar sua possível ocorrência por parte de militares envolvidos no treinamento”, diz em nota.

Ainda, lamenta a morte do soldado, afirmando que foi aberto inquérito policial para apurar as circunstâncias e somente após a conclusão do mesmo serão apresentadas as causas do óbito.

Denúncias sobre enxovais

Familiares de militares lotados no Exército de Bela Vista estão denunciando coação supostamente praticada por militares para que soldados recrutas comprem enxoval específico ao ingressarem no serviço militar. A denúncia vem em meio à repercussão do treinamento que terminou com um soldado morto, Vinicius Ibanez Riquelme, de 19 anos, e outros 48 que precisaram de atendimento médico.

Entre os relatos feitos pelas mães dos soldados ao Jornal Midiamax está a lista do material de campo básico que exige o fardamento como item obrigatório, avaliado em aproximadamente R$ 700 e que, segundo elas, não é reembolsado. 

Há relatos de que um dos recrutas estaria sem dinheiro para comprar o enxoval e, então, teria sido informado que colocariam pedras na mochila daqueles não comprassem o material, o que causou medo nos militares. 

Morte de soldado

Vinícius Ibanez Riquelme foi submetido a realização de atividades físicas durante um treinamento de campo com o grupo do 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado de Bela Vista, a 324 quilômetros de Campo Grande. De acordo com informações, grave estado de desidratação teria afetado os rins dele. O soldado morreu na manhã de sábado (27) na Santa Casa da Capital.

Amigos e familiares de Vinicius, o recruta que morreu após o treinamento, denunciam que, entre as principais causas da morte do militar, além de um possível quadro de ‘desidratação’, estão ‘esforços exaustivos durante os exercícios físicos’, realizados em uma manobra militar.

“Não acredito que entreguei meu filho vivo para o Exército e recebo ele dentro de um caixão. Não é justo, quero justiça, isso não pode ficar impune! O Vini era um menino muito educado, meu companheiro, minha vida, e agora como fica minha vida?”, disse Mariza, mãe de Vinícius.

Confira a nota na íntegra:

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