Vizinha que matou adolescente com tiro no olho já foi presa como membro de quadrilha do tráfico

Na época, a mulher foi presa com outras 5 pessoas, que traziam drogas de Ponta Porã para distribuir em Campo Grande

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Wandré de Castro Ferreira, de 17 anos, foi morto com tiro no olho, no Jardim Canguru. (Redes sociais)

A mulher, de 44 anos, que atirou e matou o adolescente Wandré de Castro Ferreira, de 17 anos, na madrugada de sábado (2) com um tiro no olho em um residencial no Jardim Canguru, tem passagens pela polícia, inclusive havia sido presa há 8 anos por fazer parte de quadrilha de tráfico de drogas.

Na época, em janeiro de 2015, a mulher foi presa ao lado de outras 5 pessoas, por policiais da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). A quadrilha agia no tráfico de drogas da região sudoeste de Campo Grande há dois meses, até que foi presa. Foram cerca de 20 dias de investigação.

A quadrilha trazia drogas de Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. “Eles usavam um Fusca para fazer o transporte do entorpecente até Campo Grande e a motocicleta para fazer a correria entre os bairros Dom Antônio Barbosa e Parque do Lageado”, contou o delegado da época João Paulo Sartori.

A quadrilha agia em uma casa que fica no Bairro Dom Antônio Barbosa. No local, os policiais encontraram 370 quilos de maconha, uma balança de precisão, um colete de balística da PRF (Polícia Rodoviária Federal), além dos veículos usados pelo grupo.

Assassinato de adolescente

O crime aconteceu na madrugada de sábado (2) em um residencial no Jardim Canguru. A suspeita do crime, de 44 anos, é vizinha da família do garoto e alega que o disparo foi acidental.

Ao Jornal Midiamax, a mãe da vítima disse que já estava deitada quando uma das filhas da autora bateu na porta. “Ela disse para eu não ficar brava e que a mãe dela tinha dado um tiro sem querer no meu filho. Eu desci correndo até o apartamento dela e quando entrei no quarto meu filho estava caído no pé da cama com um tiro no olho”, detalha.

Segundo ela, a suspeita estava embriagada e teria consumido bebida alcoólica durante todo o dia. “Ela nem chamou a polícia ou o socorro, eu que tive de ligar para o Samu”, conta. 

Para a família e para a polícia, a mulher sustentou a tese de que não sabia que a arma estava carregada. No apartamento, foi apreendido um revólver calibre 38 e quatro munições intactas. 

“Meu filho estava todo feliz porque o pai tinha conseguido um emprego para ele, ia começar a trabalhar dia 6. Era um menino bom, que nunca mexeu com coisa errada”, afirma a mãe. Segundo ela, o menino faria 18 anos no dia 25 de novembro. 

Conteúdos relacionados