Depois de estuprar a estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) em agosto de 2022, o homem de 40 anos, preso nessa terça-feira (5) pelo SIG (Setor de Investigações Gerais) tentou invadir uma quitinete no Bairro Jardim Universitário.

O acusado, que confessou o crime contra a universitária, aparece em imagens das câmeras de segurança. Ele tenta arrombar uma das casas. O fato aconteceu no dia 24 de dezembro do ano passado.

Pelas imagens, é possível perceber o momento em que ele entra no local, vai até a porta de uma das quitinetes e a força para abrir, porém, não consegue. Em seguida, ele vai até o portão e retorna, forçando a porta mais uma vez, e novamente sem conseguir, acaba indo embora.

O acusado foi preso preventivamente pelo SIG (Setor de Investigações Gerais). Na delegacia, ele confessou a prática de um dos crimes, duas tentativas e também várias importunações sexuais.

Durante a ação que terminou na prisão do acusado, os policiais apreenderam também uma motocicleta e o capacete que eram usados por ele durante as práticas dos crimes.

O autor, que reside na Aldeia Jaguapiru, confessou os crimes e detalhou como abordava as vítimas. Na delegacia, ele relatou que utilizava a motocicleta para se aproximar das mulheres por trás ou pela frente.

Em uma das abordagens, o indivíduo atacou e conseguiu arrastar a estudante para um matagal, onde consumou o estupro. Em outras ocasiões, as mulheres conseguiram correr.

Os casos ocorreram no ano passado e, desde então, o homem era investigado pelo Setor de Investigações Gerais. Com a prisão do autor, os investigadores não descartam a possibilidade de que novas vítimas possam aparecer para prestar depoimento.

Relato nas redes sociais

Em agosto do ano passado, uma estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) procurou as redes sociais para denunciar que foi vítima de estupro. Segundo relatos da própria acadêmica, ela caminhava pela Quintino Bocaiuva em direção à Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais), quando um homem em uma moto se aproximou e disse estar armado.

Ameaçada, ela foi levada para os fundos de um terreno baldio, onde viveu momentos de terror, sendo obrigada a tirar a roupa para, em seguida, ser estuprada. “Ele dizia para eu não gritar e eu confirmava dizendo que não o faria. Ele mandou que eu deitasse no chão. Ele mandou que eu tirasse a calça e a calcinha”, relata a acadêmica, que disse ter vivido momentos de terror.

‘Não quero que ninguém passe pela mesma situação’

“Fiz exame de sangue. Fiz o corpo delito. Lembro de tirar a calça para colocar o roupão do hospital e perceber que ela e o chão estavam sujos de terra. Sai do banheiro chorando e pedindo desculpas pela bagunça. Pedi para uma amiga notificar o ocorrido nos grupos das turmas. Quero que todos saibam o que aconteceu comigo. Não quero que ninguém passe pela mesma situação, nem nenhuma parecida”, conta a acadêmica.

Após a publicação dos relatos da estudante, foi realizada uma reunião envolvendo a comunidade acadêmica, coordenação da UFGD e o 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) para discutir as medidas a serem tomadas com urgência. Ainda no início desse ano, surgiram outras denúncias, evolvendo o mesmo suspeito.