Durante um show de pagode na região leste de Campo Grande neste final de semana tiros foram disparados. A polícia foi acionada e deslocou uma equipe para atender a ocorrência. No entanto, o empresário da festa reclamou ao Jornal Midiamax sobre regras para uso de armas em eventos por policiais.

Conforme o empresário, um policial estaria alterado, cortando filas e mostrando a arma. Em certo momento, seguranças pediram para que ele se retirasse do local e aconteceu o disparo para cima. Pelas imagens, é possível ver que o show está acontecendo normalmente, quando ocorre o disparo.

Legislação libera uso mesmo em festas

O fato gerou preocupação por parte do promotor em relação ao seu público, visto que o mesmo possui equipe de seguranças para revistar todos que frequentam o local. Ele acredita que isso pode prejudicar eventos futuros.

“Prejudica muito, porque quem estava aqui não sabe que foi um policial, eles ficam achando que foi alguém armado aqui dentro, que foi uma falha da nossa segurança na revista e não foi. A gente revista todo mundo. Aí ele entra armado, consome álcool, faz um negócio desse e quem leva a culpa é a casa, porque quem está aqui dentro não sabe disso. O disparo foi feito da arma de um policial, não tinha ninguém armado aqui dentro a não ser policiais”, relata.

Ele ainda ressalta que a casa recebe muitos policiais em momentos de lazer, mas que alguns deles consomem álcool e ainda assim têm o direito de usar armas. “Aí o policial entra armado para fazer isso? Então a gente fica numa situação muito delicada. A gente não quer entrar em algum tipo de desarmonia com as corporações e ao mesmo tempo não queremos que isso aconteça”.

O Jornal Midiamax entrou em contato com as autoridades policiais para esclarecimento do caso e foi informado que o autor dos disparos não teria sido um policial. “A ocorrência foi encaminhada à DEPAC, onde ocorreu os devidos registros da ocorrência. Conforme os registros, em que pese a arma estar registrada em nome de um policial, não teria sido ele quem efetuou os disparos, conforme relatos dos proprietários do estabelecimento. Os fatos estão sob investigação, e após a devida apuração, se necessário for, serão tomadas as medidas administrativas cabíveis ao policial”, diz em nota.

O espaço segue aberto para manifestações.

(Matéria alterada às 11h43 no dia 19 de dezembro para correção de informação)