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Polícia

‘Tio Arantes’ do PCC usava RG falso de Mato Grosso do Sul quando foi preso na Bolívia

Ele ainda tentou destruir o celular quando foi abordado por policiais
Renata Portela -
Documento falso usado por Tio Arantes (El Deber)

Preso na noite da última quarta-feira (6) na Bolívia, José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, conhecido por ser liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), estava com documento falso. O RG tinha identificação como se fosse expedido em Mato Grosso do Sul.

Após a prisão, o comandante do departamento da Polícia de Santa Cruz, coronel Erick Holguín, indicou que integrantes da Felcc (Força Especial de Combate ao Crime) abordaram e detiveram Tio Arantes.

Inicialmente, ele se identificou como Raildo Teixeira da Silva, mas os policiais perceberam que o documento aparentava ser falso. Assim, conseguiram identificar que se tratava de Tio Arantes.

No momento da prisão, ele ainda tentou quebrar o aparelho celular. Os policiais conseguiram puxar a ficha de Tio Arantes, identificando a fuga do presídio ocorrida em novembro de 2021.

Ainda segundo o portal El Deber, Tio Arantes será expulso e entregue às autoridades no Brasil.

“Tio Arantes” foi preso na Bolívia. (Divulgação)

Condenações

Mais recente condenação de Tio Arantes aconteceu em novembro de 2021, uma semana após a fuga da Gameleira. Ele foi condenado por receptação, por conta do celular furtado que portava na última vez em que foi preso, em outubro de 2017.

Cumprindo pena em regime semiaberto, o réu que é apontado como liderança do PCC fugiu na madrugada de 23 de novembro. A sentença é do juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de , que condenou Tio Arantes pelo crime de receptação.

O magistrado pontuou que o crime foi cometido enquanto o réu estava em liberdade provisória e cumprindo pena de outro processo. Além disso, ele já tem 10 condenações criminais e “sua conduta social é das mais reprováveis, posto que não trabalha e provê a sua subsistência com ocupação ilícita — tráfico, roubo, receptação”.

Para o juiz, o réu tem personalidade propensa ao crime, uma vez que outras condenações não foram suficientes para cessar a prática dos delitos.

Com aumento da pena, Tio Arantes foi condenado a três anos e três meses de reclusão, em regime fechado, além de 280 dias-multa.

Fuga do presídio

Na madrugada do dia 23 de novembro, Tio Arantes e o colega de cela, Eduardo Benedito do Amaral, de 62 anos, fugiram do Presídio da Gameleira, de regime semiaberto.

Os cadeados da cela foram retirados do local e a tela do alambrado que dá acesso à entrada do pátio interno estava cortada. Nas buscas pelo evadido, policiais da (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) chegaram a uma pista de local onde Tio Arantes estaria escondido, no Bairro Panorama.

Na casa, os agentes encontraram sinais de que alguém teria saído às pressas e recentemente dali. Tio Arantes é acusado de participar da morte do advogado Willian Maksoud Filho, em 2006, e ainda liderar a rebelião na naquele mesmo ano, além de participar de assaltos a bancos.

Considerado um dos chefes do PCC, Tio Arantes foi preso pela última vez em outubro de 2017. Na ocasião, ele foi detido pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) pela explosão de caixas eletrônicos de uma agência bancária, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.

Posteriormente, foi absolvido desta acusação. No dia, ele ainda foi detido em flagrante por receptação, já que com ele foi encontrado aparelho celular furtado.

José Cláudio Arantes também é um dos condenados pela morte do advogado Willian Maksoud Filho, em 2006. Ele estaria preso na época, mas foi apontado como um dos responsáveis pela decisão do assassinato do advogado.

No mesmo ano, ele teria sido um dos responsáveis por liderar a rebelião no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, a maior já registrada do Estado. Após progressão do regime, ele foi solto e depois preso novamente em 2010.

Na época, uma operação do (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) prendeu 9 pessoas ligadas ao PCC por tráfico de drogas e armas. Em 2016, ele voltou a ser detido no Zé Pereira, também por tráfico de drogas.

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