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Polícia

Primeiro réu a depor, ‘Vlad’ nega participação na morte de Matheus: ‘Sou inocente dessa acusação’

Vlad negou envolvimento em coisas ilícitas ligadas à família Name e negou ter descartado a arma usada no crime
Thalya Godoy, Mirian Machado -
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Vladenilson Olmedo, 'Vlad' foi o primeiro dos réus a prestar depoimento (Foto: Kisie Ainoã, Midiamax)

O policial civil aposentado, Vladenilson Olmedo, ‘Vlad’ foi o primeiro dos réus a prestar depoimento durante o julgamento na tarde desta terça-feira (18) pela morte de Matheus Coutinho em abril de 2019 em Campo Grande. O depoimento iniciou por volta das 14h35, depois de uma pausa de 20 minutos, logo após o término de depoimento de Eliane Benitez.

Vlad iniciou o depoimento afirmando ser inocente. “Não senhor, não é verdade, sou inocente dessa acusação. Não pratiquei, não tive conhecimento, não ajudei em nada e não tive conhecimento do fato ocorrido. Não atuei como intermediário”, afirmou, dizendo sobre o carro usado na execução de Matheus. Segundo o depoimento, ele desconhece a aquisição do veículo, assim como a entrega dele e da arma. “Só vim a saber da casa das armas pela imprensa”, disse.

Negou ainda que procurou a advogada Laura para obter informações sobre PX. “Eu nego essa informação. Eu não fui atrás de procurar informação nenhuma, eu era amigo da Laura. Ela era advogada do meu processo administrativo e eu ia na casa dela porque ela não tinha escritório”.

Vlad lembrou que PX trabalhava com eles e depois passou a trabalhar com Antônio Augusto – que seria considerada ‘traição’ pelos Name e teria sido a motivação do assassinato de Matheus por engano no lugar do pai, PX. Disse que ele tinha acesso livre à casa e ao condomínio e ia até o quarto do Jamilzinho. Então, constantemente estava lá. Ainda sobre PX, disse que tinham relacionamento normal de ir um na casa do outro.

Ainda conforme o depoimento do réu, soube da morte de Matheus pela advogada Laura, que contou sobre o assassinato, logo que chegou de viagem. Disse também que PX conheceu Laura através dele por causa do processo administrativo do PX, que tinha processo parecido com o de Vlad.

Questionado sobre quem matou e quem mandou matar a vítima, Vladenilson disse que desconhece a resposta para as duas perguntas.

Negou qualquer envolvimento no crime e também negou que tenha descartado a arma usada no crime.

Perguntado se recebeu ordens da família Name para fazer qualquer tipo de coisas ilícitas, Vlad também respondeu que não. “Nunca recebi ordem, nunca recebi, nunca participei e desconheço qualquer coisa ilícita que tenham praticado”.

Encerrou o depoimento reafirmando ser inocente. “Eu sou inocente. Nós sofremos, nós sofremos de passar por um presídio federal, de ver um amigo morrendo minguando no presídio federal. Não participei e não sei desse fato ocorrido”, concluiu.

Antes das perguntas relacionadas ao crime julgado, foi citado que Vlad, nascido em 1959, tem uma extensa ficha criminal, Vlad tem passagens por extorsão, tráfico de drogas, arma de fogo, compor organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo. Aos 19 serviu o Exército e aos 20 entrou na polícia. Se aposentou em 2008 como investigador. Tem 6 filhos, dez netos.

Entenda por que execução do estudante Matheus Coutinho se tornou maior júri da história de MS.

História com a família Name

Ele contou que conheceu Name Pai em 2014 no escritório do Pantanal Cap e começou a trabalhar com ele. Fazia serviços gerais, serviços de banco, cartório de rua. Foi registrado por 3 anos e meio e recebia salário, mas depois ficou desempregado. Quando teve uma filha e a mãe precisou de uma cirurgia, foi procurar emprego com os Name novamente.

“Trabalhava serviço geral, banco, cartório, mas fazia de tudo, atendia filhos no shopping, academia e quando era para viajar eu que viajava com o Name Filho. Entrava às 7h e saía às 17h, não trabalhava final de semana e nem à noite”, detalhou, afirmando que nunca presenciou arma na casa dos Name.

Contou que Rios trabalhava na casa e faziam escala e serviço de guarda, juntamente de Antunes e Peixoto. Questionado pelo juiz, disse que nunca conheceu ou ouviu falar de Juanil e José Moreira Freires, apontados como os atiradores.

Disse ainda que PX, Paulo Xavier, pai da vítima Matheus Coutinho, trabalhou lá de dia três anos e que também fazia de tudo, só não viajava com Jamil para São Paulo. Lembrou ainda que ele e o PX levaram o Jamil Filho para Ponta Porã.

Ao ser questionado sobre porque de tantos motoristas, Vlad disse que para atender às demandas de esposa, netos, trabalho, compras.

Segundo dia de júri

segundo dia do julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, pela morte de Matheus Coutinho, em abril de 2019.

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