O policial penal preso nessa segunda-feira (30), em , com 300 quilos de maconha, que também se apresentava como pastor de uma igreja evangélica tradicional da cidade durante palestra contra o uso de droga, não pertence mais à instituição.

Durante a operação, os agentes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) estiveram em uma residência na Rua Silvia de Araújo Moraes e, durante investigações, localizou uma pistola Imbel calibre .40, uma pistola Taurus .40, 91 munições Calibre .40, R$ 11.650, uma balança de precisão, 2 kg de Cloridrato de e 290 kg de maconha. 

Como noticiou a reportagem do Jornal Midiamax, o policial penal detido é formado em teologia e usava o nome da IPI (Igreja Presbiteriana Independente) em seu currículo. Em agosto, ele falou para um auditório lotado sobre conscientização, prevenção das drogas e da criminalidade.

“A pessoa que foi presa não foi Pastor da instituição. Ele serviu, há muitos anos, como obreiro de uma congregação da igreja em Fátima do Sul. Ressaltamos também que já [há] algum tempo não faz parte nem do Rol de Membros da igreja”, explica a IPI de Dourados em nota enviada à reportagem.

De acordo com informações, na casa dele foram encontrados aproximadamente 300 quilos de drogas. Ainda conforme apurado, policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras) faziam campana próximo à casa do policial penal, em Dourados.

Ele então foi abordado no momento em que chegou a sua residência. Dentro da casa, os policiais encontraram a droga, sendo aproximadamente 290 kg de maconha e 3 kg de cocaína, até o momento.

A ocorrência está em andamento. Ainda conforme apurado, o policial penal era lotado em Nova Andradina e depois foi transferido para a PED (Presídio Estadual de Dourados). Já havia suspeita de que ele se envolvia com o tráfico de drogas. Após a prisão em flagrante, ele será trazido para Campo Grande.

‘Prega uma coisa e pratica outra'

“A gente fica surpreso e triste ao mesmo tempo com uma notícia dessa, principalmente quando envolve quem se apresentava como pastor de uma igreja. A conduta dele, independente de qualquer coisa, tem que ser condenada [porque] não condiz com o que falamos nos templos. A gente tem que pregar e ao mesmo tempo praticar”, diz o pastor Jusselmo Sérgio de Freitas, presidente do Conped (Conselho de Pastores de Dourados).

O pastor disse que esse tipo de conduta é completamente contrário ao que a igreja de Dourados vem protagonizando na cidade. “Tivemos recentemente a Marcha para Jesus onde defendemos o fortalecimento da família e nela nós também falamos da prevenção contra as drogas. É muito triste isso”, explica.