Relembre maiores júris populares que marcaram Campo Grande nos últimos 20 anos

Nesta semana, acontece júri contra Jamil Name Filho pela morte de Matheus Coutinho, considerado histórico para Mato Grosso do Sul

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justiça tribunal do júri
Testemunhas foram ouvidas nesta quarta-feira, em audiência de instrução (Foto: Henrique Arakaki, Arquivo Jornal Midiamax)

Desde segunda-feira (17), acontece um júri popular considerado histórico em Mato Grosso do Sul, com megaesquema de segurança e grande comoção, em sessões com plenário cheio. Relembre outros julgamentos que também marcaram Campo Grande.

Dois réus são lembrados por terem na ficha criminal vários assassinatos cometidos ao longo dos anos. O primeiro a ser preso, denunciado e julgado foi Luiz Alves Martins Filho, o Nando, acusado de mais de 15 homicídios na região do Danúbio Azul, em Campo Grande.

O primeiro júri pelo qual Nando passou aconteceu em 2018. Desde então, Nando protagonizou várias cenas no plenário, se estapeando, gritando e precisando ser levado até unidade de saúde pelo Samu (Serviço de Unidade Móvel de Urgência) em mais de uma ocasião.

Em um dos julgamentos, chegou a quebrar uma cadeira na sala dos réus, antes de entrar no plenário. Em 2022, o Midiamax noticiou que o réu já acumulava 205 anos de prisão pelos assassinatos cometidos.

Já o pedreiro Cleber de Souza Carvalho, lembrado como ‘pedreiro serial killer’, embora o modus operandi não exatamente o qualifique como tal, acumula 120 anos de prisão. Ele foi julgado 7 vezes, por assassinatos que cometia durante trabalhos como pedreiro.

Os crimes de Cleber só foram descobertos após a família de uma das vítimas procurar a polícia, relatando o desaparecimento do idoso. O último julgamento de Cleber aconteceu em maio deste ano.

Plenário lotado

Em maio de 2019, o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon foi a júri popular pelo assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento. A morte aconteceu durante uma briga de trânsito, na Avenida Ernesto Geisel.

Moon respondeu em liberdade ao processo, desde o flagrante em 2016. Após a condenação a 23 anos e quatro meses de prisão e o trânsito em julgado do processo, o policial foi preso em julho de 2022.

Morte de Wesner

Foram anos de processo parado até que o julgamento de Willian Enrique Larrea e Thiago Giovanni Demarco Sena fosse marcado. Seis anos após a morte de Wesner Moreira em um lava-jato de Campo Grande, a dupla foi condenada a 12 anos de prisão.

O caso trouxe comoção e a mãe de Wesner se emocionou muito. Ela lembrou que acompanhou o filho na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas que após a morte, o coração ficou no hospital, junto com o filho.

Segurança Brunão

Dez anos após a morte de Jefferson Bruno Gomes Escobar, o ‘Brunão’, Christiano Luna de Almeida foi condenado à prisão. Brunão era segurança de uma boate na Avenida Afonso Pena e foi morto enquanto trabalhava.

Christiano foi condenado a 10 anos, sendo o segundo julgamento que passou. Antes, ele foi condenado a 17 anos de prisão, mas o júri foi anulado após recursos da defesa.

Fernandinho Beira-Mar

Júri que também entrou para a história de Mato Grosso do Sul tinha como réu Fernandinho Beira-Mar. Considerado liderança do Comando Vermelho, o narcotraficante foi a julgamento pela morte de João Morel.

O crime aconteceu dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e o júri foi realizado em novembro de 2009. Beira-Mar já acumulava condenações por comandar organização criminosa e foi condenado a 15 anos de prisão pelo homicídio.

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